sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO -(EF67LP28 X) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes - 6° ANO

TEXTO - CAUSO

O contador de causo

Se depender de Seu Ico, saci existe, ara

  Era um matuto dos bons e vivia num rancho do Rio Pardo, perto de Cajuru. Seu Ico era o apelido dele. Acreditava em tudo que via e ouvia. E tinha opiniões muito firmes sobre coisas misteriosas. Adorava contar casos de assombração e outros bichos:
  - Fui numa caçada de veado no primeiro dia da quaresma! Ai ! ai! Ai! Num pode caçá na quaresma, mas eu num sabia. Aí apareceu a assombração! Arma penada do outro mundo. E os cachorro disparo. Foro tudo pro corgo pra modi fugi da bicha... Veado que é bão nem nu pensamento, pruque eis tamem pressintiru a penúria passanu ali tertu!
  - Mas era assombração mês Esse mundo é surtido!
  - Pois no mundo sortido do seu Ico também tinha saci!
  - Quando é o que o senhor viu saci, seu Ico?
  - Ara! Vi a famia toda, num foi um saci só... Tinha o saci, a sacia gravi, e os sacizim em riba da mãe, tudo,pulano numa perna
  - E o que eles fizeram ou disseram pro senhor?
  - Nada... O Saci cachaço inda ofereceu brasa pro meu paero. Gardicido! Eu disse... e entrei pra dentro modi num vê mais as tranquera...
  - E mula-sem-cabeça? Ah, seu Ico garante que existe:
  - Essa eu nu nca vi, mas ouvi o rinchando dela umas par de veis... E otro que eu tamem vi foi o tar de lobisome! Ê bicho fei! Mais num feis nada...desvirô num cachorro preto e sumiu presse mundão de meu Deus. Agora, em um dia de prescaria, aparece muito é caboclo d'água. Um caboquim pretim e jeitado que mora dentro do rio...Ah, e tem que vê tamém o caapora. Bichu fei! E o curupira! Vichi Maria, é fei dimais, tem pé virado pa trais...
  - E com tudo isso o senhor ainda se arrisca a ir pro meio do mato, seu Ico?
  - Pois vô sem medo! Qué sabe? – Dá uma gargalhada rouca e faz um ar maroto. – Qual! Tenho muito, mais muito mais medo é de gente vivo!
                                                                                                                                                                                                                                                   Globo.com/caipira/

Trabalhando o texto

1) Qual a intenção do narrador ao fazer as perguntas abaixo?

-  Mas era assombração mesmo seu Ico?

- Quando é o que o senhor viu saci, seu Ico?

- E o que eles fizeram ou disseram pro senhor?

2) Além de mostrar ao leitor os causos de seu Ico, o narrador retrata- o como  uma personagem bem interiorana. Para isso foram usadas algumas expressões ou frases que identificam seu Ico como tal. Identifique- as.

3) Quais são os seres sobrenaturais criados por seu Ico?

4) Em um trecho do texto seu Ico faz referência a uma crendice popular que relaciona a um fato religioso. Qual é ela?

5) Explique o que seu Ico quis dizer com as seguintes falas a seguir.

a) Foro tudo pro corgo pra modi fugi da bicha...
b)... e os sacizim em riba da mãe, tudo pulano numa perna...
c) Gardicido! Eu disse...
d) “... Esse mundo é surtido!...

6) O falar caipira pode ser considerado errado? Por que?

7) No último parágrafo do texto o narrador descreve a expressão de seu Ico. Identifique-a.


GABARITO

1) Ele faz perguntas a seu Ico para direcionar a conversa, estimular o contador a falar sobre diferentes assuntos ou aprofundar a descrição do que ele está contando.

2) Um matuto dos bons; vivia num rancho; acreditava em tudo que via e ouvia; tinha opiniões muito firmes sobre coisas misteriosas; adorava contar casos de assombração e outros bichos.

3) Assombração ( alma penada) família de sacis, mula-sem-cabeça, caboclo d”água, caapora e curupira.

4) Às atividades que não podem ser realizadas durante a quaresma, como exemplo, caçar.

5) a) Foram todos para o córrego para fugir da assombração.
b) ... e os pequenos sacis em cima da mãe, todos pulando numa perna só.
c) Obrigado, eu disse...
d) Esse mundo é sortido, variado, tem coisas de todo tipo.

6) Não. ( explicar para o aluno sobre a variação linguística para que ele compreenda que o falar caipira é apenas uma variante da língua e não um erro.

7) “Dá uma gargalhada rouca e faz um ar maroto.”


terça-feira, 15 de setembro de 2015

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO (EF69LP48 X) Reconhecer e Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros - 6° ANO,

Boletim  (Carlos Queiroz Telles)

Chega uma hora
em que não dá mais
pra gente fugir do assunto.
Meio mundo da família,
pai e mãe, irmão e tia,
com olhares de cobrança,
pedem o troco da esperança
que jogaram sobre nós.

E então começa a guerra
É a equação conjugada
em português matemático
são matérias inexatas
e ciências desumanas

É a cara da professora
que brigou com o namorado.
São as noites mal dormidas
de estudo ou de medo.
É o tormento renovado
do semestre que se acaba
ou do ano que termina.

Tempo de unha roída
de culpa e de sofrimento.
Coração sempre apertado,
dias com dor de barriga,
noites com falta de ar.

A vida fica um sufoco
até a hora temida
em que a angústia vira nota.
Amanhã...hoje...agora!
O olhar sabe de cor
onde o nome está na lista.
E então...lá vamos nós
com a cara e a covardia.

Um, dois, três...não acredito!
Aquela nota é um oito!
Não é possível meu Deus!
É possível! É possível!
Aquele oito sou eu.

ATIVIDADES
1- Separe das palavras abaixo os antônimos, formando pares.

 Felicidade, coragem, encorajador, tomento, covardia, exata, devolução, inexata, cobrança, temido.

2- Empregue adjetivos equivalentes às locuções adjetivas:

a) É o tormento do semestre.
b) É o perímetro de cidade.
c) É um amor de mãe.
d) É a prova do bimestre.
e) É a mesma faixa de idade.
f) É o globo do olho.

3- Empregue adequadamente a vírgula.

Meio mundo da família
Pai e mãe irmão e tia
Com olhares de cobrança
Pedem o troco da esperança
Que jogaram sobre nós

4- O verso “com cara e a covardia” lembra uma expressão muito usada mas, o poeta fez uma troca dessa expressão por outras palavras. Por que o poeta fez essa troca?

5- Quem escreveu o poema Boletim?

6- Quem é o narrador do texto?

7- De que o assunto os estudantes não podem fugir?

8- Em que época o sofrimento do estudante é maior?



GABARITO

1- Felicidade, tormento
Coragem, covardia
Encorajador, temido
Exata, inexata
Devolução, cobrança

2- a) Semestral   b)urbano   c)maternal   d)bimestral   e)faixa etária   f)ocular

3- família,
Pai e mãe, irmão e tia,
Cobrança,
Sobre nós.

4- É “com a cara e a coragem”. Ele trocou as palavras tentando dizer que é covarde, não tem coragem.

5- Carlos Queiroz Telles

6- O narrador é o eu- poético (pessoa que fala no texto).

7- Os estudantes não podem fugir do boletim, isto é, das notas.

8-  No final do semestre e final do ano




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO -(EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. 7° ANO

TEXTO :
 Xote Ecológico (Luiz Gonzaga)

Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar.
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu.
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu.
E o verde onde que está?
Poluição comeu.
 Nem o Chico Mendes sobreviveu.


1- Sobre o texto é correto dizer:

a) A “poluição” age contra o bem-estar da natureza, e, por conseguinte, das pessoas.

b) São vítimas da “poluição” apenas a “flor” e o “peixe”.

c) A “poluição” não interfere diretamente na qualidade do ar.

d) Embora a “poluição” incomode em algumas ações do homem, é possível ter uma vida saudável com ela.

e) A poluição não tem relação alguma com a qualidade da alimentação das pessoas.


2. Marque a alternativa que melhor traduz o sentimento expresso no texto:

a) Alegria com a atitude dos homens.

b) Medo de acabar a cachaça.

c) Ódio diante do comportamento dos homens.

d) Indignação com a atitude dos homens.

e) Esperança nas atitudes humanas.


3. Assinale a alternativa que apresenta a relação incorreta quanto à significação da palavra em destaque:

a) “Poluição comeu” - “Poluição destruiu”.
b) “Nem o Chico Mendes sobreviveu” – “Nem o Chico Mendes morreu”
c) “Se plantar não nasce” – “Se plantar não brota”
d) “se nasce não dá” – “se nasce não vinga” e) “E o verde onde que está?”
 “E a mata onde que está?”


4. A alternativa em que todas as palavras estão corretamente separadas é:

a) Po-lu-i-ção – am-bien-te – re-cur-sos.
b) Po-lui-ção – am-bien-te – re-cur-sos.
c) Po-lui-ção – am-bi-en-te – re-cu-rsos.
d) Po-lu-i-ção – am-bie-nte – re-cu-rsos.
e) Po-lu-i-ção – am-bi-en-te – re-cur-sos.



4- 1(A)   2(D)  3(B)  4(E)

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO -EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências.. - 6° ANO

1 - Os versos a seguir são de um poema da autora Cecília Meireles.
 Leia-o e responda à questão proposta.

Colar de Carolina
(Cecília Meireles)

Com seu colar de coral,
Carolina
Corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.

Os sujeitos presentes nos versos do poema são:

a) “Carolina”, na 1ª estrofe; “O colar de Carolina”, na 2ª estrofe; e “O sol”, na terceira estrofe.
b) “Carolina”, na 1ª estrofe; “colore o colo de cal”, na 2ª estrofe; e “O sol”, na terceira estrofe.
c) “Com seu colar de coral”, na 1ª estrofe; “O colar de Carolina”, na 2ª estrofe; e “vendo aquela cor”, na terceira estrofe.
d) “Da colina”, na 1ª estrofe; “de Carolina”, na 2ª estrofe; e “de Carolina”, na terceira estrofe.


Questão 2
Sem barra
José Paulo Paes

Enquanto a formiga
carrega comida
para o formigueiro,
a cigarra canta,
canta o dia inteiro.

A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.
Mas sem a cantiga
da cigarra
que distraí da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga!

                                                   PAES, José Paulo. Olha o bicho. São Paulo: Ática, 1989.

Nos versos “seria uma barra / o trabalho da formiga!”, a palavra destacada reforça a ideia de trabalho
(A) voluntário. (B) escravo. (C) pesado. (D) cômico.

Questão 3
Você sabia?

  Existem sete espécies de tartarugas marinhas e cinco delas são encontradas no Brasil. A maior parte vive em regiões de clima quente, pois depende do calor externo para equilibrar a temperatura do corpo.
  Só as fêmeas saem da água para colocar seus ovos na areia.
  As tartaruguinhas, ao nascer, saem dos ovos, escavam até chegar a superfície da areia e correm em direção ao mar.
  As tartarugas-de-couro são as maiores: elas alcançam até 800 kg e 1,80m. Revista Recreio.
                                                                                São Paulo: Abril, ano 7, n. 358, 18 jan. 2007.

O texto “Você sabia?” traz informações sobre
(A)  regiões de clima quente. (B) temperatura do corpo. (C) tartarugas marinhas. (D) superfície da areia.

QUESTÃO 4
 Bombom delicioso

 Ingredientes
1 lata de leite em pó
1 lata de chocolate em pó (mesma quantidade do leite em pó)
1 lata de leite condensado

 Modo de fazer
 Misture o leite em pó com o chocolate. Coloque aos poucos o leite condensado, misturando bem. Deixe descansar por 20 minutos. Depois faça bolinhas com a massa, coloque em forminhas impermeáveis ou embrulhe em papel celofane.
                                                                                                          Folheto Publicitário
O texto acima é
A) uma notícia de jornal.
B) uma receita de doce.
C) uma carta de amor.
D) um conto de fadas.

QUESTÃO 5

Belo Horizonte, 19 de maio de 2008.
Dona Marília
  Como vão a senhora e o seu Paulo?
  Estou com muitas saudades.
Quero agradecer pelo carinho e pela hospedagem. Foi muito bom conviver com sua família.
Com o curso que fiz aí já arrumei um emprego no escritório do Seu João. O salário não é muito, mas para começar está bom.
  Aqui estão todos bem. Dona Júlia manda lembranças.
Um abraço a todos e um beijo grande para a senhora.
Rejane
                                                                                   Folheto Publicitário
Esta carta foi escrita por
(A)  Rejane. (B) seu Paulo. (C) Dona Júlia (D) Dona Marília



GABARITO-  1)A   2)C  3)C  4)B  5)A

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição - 6° ANO

O ENCANTAMENTO

    Júlio olhou. Ali estava a cena de que muito ouvira falar e lhe contestava a veracidade. No alto da copa retorcida de uma goiabeira, estava um bem-te-vi aflito, condenado à morte. Um fio invisível prendia-o e puxava-o inexoravelmente. Ele piava numa extrema aflição. Sabia que ia morrer, mas não conseguia libertar-se.
   Embaixo, de cabeça erguida e coleante, estava uma jararaca. Seu olhar fixo prendia o pobre bem-te-vi, que não conseguia livrar-se daquele encantamento. O réptil forçava o pássaro a descer. Hipnotizara-o. Mantinha-o preso desde o momento em que a ave, curiosa, baixara o olhar para verificar a origem do farfalhar, que se levantava do chão. Os dois olhares cruzaram-se. O réptil prendeu o pássaro. Fulminara-lhe a vontade. Não podia mais voar. E piando plangentemente pulou para o ramo que estava logo abaixo do seu pequeno corpo.
     Júlio teve ímpetos de matar a cobra. Mas um desejo cruel de assistir ao desfecho o manteve imóvel.
     O bem-te-vi deu novo pio e novo salto. Não era mais o seu canto vibrante, agudo, que traspassava a mata. Tinha algo de um grito plangente, de um apelo de socorro que quebrasse o mortal encantamento. Júlio teve pena do pássaro. Sabia que bastaria uma pedrada ou apenas um grito pra libertar o bem-te-vi, pois a serpente procuraria ver de onde partia o perigo. Também o réptil estava sujeito ao medo. E desde que voltasse a cabeça interromperia a sujeição hipnótica. A ave poderia fugir. Mas a sua curiosidade era maior. Queria ver o fim.
    E esse não tardou. O bem-te-vi soltou um pio ainda mais plangente e com as asas abertas pousou no chão.
    A jararaca moveu-se lentamente, num avanço cauteloso. Estava agora a pouco mais de um metro da ave aterrorizada.
   Mentalmente, Júlio torceu para que o pássaro reagisse e levantasse voo. Supunha, ainda, que a ave não percebera o réptil, confundido com o chão devido ao desenho da pele e cor de massapé. Mas não havia possibilidade de engano. A jararaca conseguira hipnotizar a ave, quando acertara o seu frio olhar, mortal, no olhar do pássaro, que imprudentemente espiara do alto para verificar o que era aquela mancha amarela a mover-se. E fora como se uma flecha lhe penetrasse no cérebro, matando- lhe a vontade. A fome do réptil mantinha-o preso, com firmeza. O bem-te-vi soltou mais um pio triste. A cobra avançou mais um palmo.
    No íntimo de Júlio, travou-se dura batalha entre a misericórdia e a curiosidade. O coração pulsava-lhe doidamente. Parecia ouvir-lhe as pancadas como se fosse na pele de um tambor. O pássaro desengonçado, o bico aberto, as asas distendidas, deu um passo em direção à jararaca, soltando o pio estrídulo, que traduzia o desespero do condenado à perda da vida.
   Foi então que no coração de Júlio reboou urna pancada mais forte. Venceu o sentimento de solidariedade com os mais fracos. Deitou a mão frenética a um galho seco. O estalido forte do lenho que parte foi acompanhada de um berro!        — Desgraçada!
 Ao mesmo tempo, o galho partido caía pesadamente no tronco da jararaca, que ficou aturdida.
  Quebrara-se o encanto malévolo.
  O bem-te-vi, liberto do olhar, que o mantinha cativo, ruflou as asas e disparou num voo fulminante, como flecha saída do arco. Surpreendida e contundida, a cobra desfez as suas roscas e coleou com rapidez a refugiar-se em um lugar de capim alto, onde ficaria mais segura.
   Erguendo o olhar para o céu, onde grossas nuvens eram tangidas pelo vento, Júlio exclamou, satisfeito consigo mesmo:
 — Puxa! Foi mesmo na horinha!
                                                                                               (Barros Ferreira)


ANALISANDO O TEXTO

1- Quem é a personagem principal da narrativa?

2- Há indicações a respeito do tempo e espaço em que os fatos acontecem?

3- Qual é o conflito central da narrativa?

4- Em que momento do texto a narrativa atinge seu momento de tensão máxima? ( clímax).

5- Qual é o desfecho da história?

6- O autor usa vários recursos de coesão para não repetir uma mesma palavra. Que palavras usa para não repetir a palavra cobra, bem- ti- vi?

7- Em vários momentos o autor faz uso de pronomes. Localize três momentos em que isso acontece e identifique a palavra a que se refere o pronome.

8- A palavra pena é usada em várias expressões. Explique o sentido de:

A- Conseguiu terminar o trabalho a duras penas.
B- Vale a pena participar do novo projeto da escola.
C- Aquele assassino cruel foi condenado à pena capital.
D- Ele está uma verdadeira pena depois da doença.


GABARITO

1- Júlio

2- Tempo indefinido; espaço; em algum lugar repleto de árvores e de touceiras de capim alto (trecho de uma mata ou pomar abandonado).

3- A dúvida entre misericórdia e a curiosidade.

4- No oitavo parágrafo, quando a cobra fica cada vez mais próxima do passarinho. Júlio sofre, mas ainda não venceu a batalha entre a curiosidade e a misericórdia. N o parágrafo seguinte, toma a decisão, e a história encaminha-se para o desfecho.

5- Desfeito o encanto, o pássaro dispara num voo fulminante, a cobra refugia-se em uma touceira de capim alto e o garoto aliviado, satisfeito consigo mesmo.

6- Para se referir a palavra cobra ele usa: o réptil, a jararaca, a serpente. Para se referir a bem – ti- vi ele usa: o pássaro, a ave.

7- “E fora como se uma flecha lhe penetrasse 
no cérebro, matando- lhe a vontade (penetrasse no cérebro do pássaro matando a vontade do pássaro) “O bem -ti- vi, liberto do olhar, que o mantinha cativo (...)” (= o bem- ti- vi)

8- a) Com muito esforço
b) Merece o sacrifício ou o trabalho que dá.
c) À morte
d) Muito leve, muito magro.

sábado, 12 de setembro de 2015

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - -(EF89LP37X) Analisar e empregar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo,etc 8° ANO

TEXTO

 A bola

    O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
   O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em 5 dia quando não gostam do presente ou não querem magoar o velho.
   Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? – perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
     O garoto procurou dentro do papel de embrulho. 10 —
Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
—O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê? — Controla, chuta...
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.  
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não. O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em 25 que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo em que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.  
— Filho, olha. O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.
 (VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 41 e 42

Sobre o texto, responda às questões de 1 a 4.

 Questão 1
 O menino reconhece, finalmente, o brinquedo que lhe é oferecido: “- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.” Tanto a repetição da palavra “bola” quanto o uso do termo “mesmo” visam:

(a) declarar que aquele era o objeto que ele pensava.
(b) reforçar o desapontamento do menino diante da bola.
(c) apontar a alegria do personagem por ter ganhado a bola.
(d) indicar a surpresa do menino ao ver o objeto que ganhara.
(e) constatar que o objeto era mais interessante do que havia pensado.

Questão 2
“O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido.” Os termos em destaque indicam que o:

(a) pai reconheceu no filho a habilidade e o talento para o futebol.
(b) pai achou que o filho não se interessava por nada ligado a futebol.
(c) menino destruiu um time de monstrinhos chamado de Monster Ball.
(d) menino revelou sua excelente coordenação quando ensaiou algumas embaixadinhas.
(e) menino manejava bem os controles do videogame, embora não tenha se interessado pela bola de plástico.

 Questão 3
 “O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do couro.” O ato de cheirar a bola que, segundo ele não cheirava a nada, adquire no contexto um outro sentido, não ligado ao olfato. Na situação em que se encontra, o gesto do pai nos leva a concluir que ele está em busca de algo mais. Ele tenta resgatar:

(a) a intimidade com o filho.
(b) uma bola número 5 oficial.
(c) as lembranças da própria infância.
(d) a importância de ter uma bola de couro.
(e) a beleza de uma bola que agora é de plástico.

Questão 4
Assinale a opção em que se percebe claramente um tom de ironia.

(a) “- Não se liga.”
(b) “- Ela não faz nada.”
(c) “- Não precisa de manual de instrução.”
(d) “O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse ‘Legal!’.”
(e) “Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês...”


Gabarito
 1(B)  2(E)  3(C)  4(E)


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - ,(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportesETC.- 9° ANO



Texto 

O que significa ser humano?

Por Salvador Nogueira

   Por muito tempo, a história do homem na Terra foi contada de maneira linear. Começou com um ancestral macaco, tataravô tanto do homem quanto do chimpanzé, que vivia nas árvores africanas 10 milhões de anos atrás. Há 4 milhões de anos, nosso trisavô australopiteco pôs-se a caminhar sobre duas pernas e desceu das árvores. Um milhão e meio de anos depois, nosso bisavô Homo habilis passou a lascar pedras e usar como ferramenta – seu cérebro tinha o dobro do tamanho do dos australopitecos, e metade do nosso. Aí veio o Homo erectus, nosso avô, há 2 milhões de anos, mais alto, inteligente e desenvolto, senhor do fogo. E, há 1 milhão de anos, surgiu o Homo heidelbergensis, com cérebro quase do tamanho do meu e do seu, que acabaria dando origem a dois primos – o corpulento neandertal e nós, o Homo sapiens. Os dois primos brigaram entre si por recursos, os neandertais perderam, desapareceram há cerca de 20 mil anos, e sobramos nós. O ápice da evolução. O auge da vida inteligente no planeta Terra.
  Claro, não é fácil reconstruir uma história como essa usando meros caquinhos fósseis (às vezes, eles se resumem a um ossinho de um dedo mindinho). Os antropólogos nunca chegaram a um consenso completo acerca dessa narrativa. Mas nada do que eles especularam podia nos preparar para as revelações que seriam feitas quando os geneticistas se intrometessem no assunto. Isso aconteceu para valer na última década e mostrou que essa linearidade precisa da árvore genealógica humana tem uma dificuldade danada de parar em pé.
  O primeiro mito a cair foi o de que derrotamos os neandertais no tapa, levando-os à extinção. Isso era consenso até que geneticistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, liderados pelo sueco Svante Pääbo, começaram a sequenciar o genoma dos neandertais, em 2006. Em 2010 veio a bomba: uma comparação do genoma neandertal com o do sapiens mostra que todos os humanos vivendo hoje têm ancestrais neandertais.
  Portanto, somos um pouquinho neandertais. Quão pouquinho? Dois estudos publicados recentemente sugerem que nosso percentual genético neandertal é de 1% a 3%. Parece pouco, mas se torna mais significativo quando você vai ver o quanto de todo o genoma neandertal sobrevive hoje na população humana: coisa de 20%. Ou seja, um quinto da receita para fabricar um neandertal está espalhada por aí, nas diversas populações humanas. (...)
  Não dá para evitar um arrepio na espinha quando lembramos que outros hominídeos conviveram com os sapiens modernos. Os erectus sumiram mais ou menos na mesma época que eles surgiram. Teriam também se misturado? E o que dizer dos Homo floresiensis, apelidados de hobbits por seu tamanho diminuto? Fósseis encontrados na Indonésia sugerem que esses mini-humanos, com crânios bem menores que o nosso, mas ainda assim claramente inteligentes, pois usavam lanças de pedra lascada, estiveram por aí até meros 12 mil anos atrás. Haveria traços de seu DNA na composição genética dos sapiens da Oceania? Essas são algumas das cenas do próximo capítulo, na incrível história da evolução humana.
   Duas lições, contudo, já podemos tirar: a primeira diz respeito aos senões de nossa singularidade, na Terra e em outras partes do Universo. Ao que parece, o surgimento da espécie humana não foi meramente um acidente de percurso, mas representou uma vantagem evolutiva tão grande que aconteceu mais de uma vez, em diferentes pontos da Terra. (...)
   A segunda lição diz respeito à nossa própria natureza: não importa quantas bobagens racistas ouçamos por aí, faz parte do espírito humano se espalhar por todos os locais habitáveis e se misturar às populações presentes nessas novas fronteiras. Somos todos, por definição, miscigenados. Somos todos vira-latas – não existe raça pura. E nos tornamos mais fortes como espécie por causa disso.

Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/significa-ser-humano- 798210.shtml Acesso em: 24 set. 2014. Adaptado.

QUESTÃO 01 .
O Texto aborda a evolução humana a partir de um ponto de vista novo e surpreendente. Conforme esse novo ponto de vista, para a evolução do homem, também contribuiu

a) a sua ancestralidade com o macaco.
b) o aumento do tamanho do seu cérebro.
c) o desenvolvimento de ferramentas.
d) a miscigenação entre as populações.

QUESTÃO 02 .
A principal ideia veiculada pelo texto  leva a uma conclusão incontestável que pode ser resumida na seguinte afirmativa:

 a) O modo como o homem evoluiu põe por terra as teorias racistas.
 b) A evolução humana se deu de forma predominantemente linear.
 c) Não há consenso entre os cientistas sobre a evolução humana.
 d) A história da evolução humana é construída por meio de fósseis.

 QUESTÃO 03 .
 A escolha da expressão “vira-lata” para caracterizar a raça humana justifica-se, porque o homem

 a) evoluiu a partir de um ancestral macaco.
 b) já viveu em árvores, como outros animais.
 c) levou 2 milhões de anos para dominar o fogo.
 d) resulta do cruzamento de diversos povos.

 QUESTÃO 04 .
 Em conformidade com as ideias do texto , e considerando a pergunta do título, ser “humano” significa
 a) originar-se de populações distintas.
 b) pertencer a uma raça única.
 c) propagar a diversidade racial.
 d) ser descendente de primatas.

 QUESTÃO 05 .
No texto , os segmentos sublinhados têm sentidos idênticos em:

 a) O homo erectus era mais alto, inteligente e desenvolto.
 b) O ápice da evolução. O auge da vida inteligente.
 c) Um feliz acidente de percurso. /Uma vantagem evolutiva.
 d) a história da evolução humana./ faz parte do espírito humano.

 QUESTÃO 06
.No trecho: “essa linearidade precisa da árvore genealógica humana tem uma dificuldade danada de parar em pé” (segundo parágrafo), a palavra destacada poderia ser substituída, sem alteração do significado que ela tem no texto, por

 a)    exata. b) importante. c) intensa. d) necessária
     
  QUESTÃO 07 .
No trecho: “Em 2010 veio a bomba” (terceiro parágrafo), a palavra sublinhada extrapola o seu significado original e resulta em um efeito expressivo que

a) ilustra como uma antiga teoria deixou de ser aceita.
b) intensifica a importância da descoberta anunciada.
c) revela como se deu a extinção dos neandertais.
d) valoriza os geneticistas do Instituto Max Planck.



GABARITO
1(d)  2(a )  3(d)  4(a)  5(b) 6(a) 7(b)