quarta-feira, 25 de abril de 2018

ATIVIDADES COM FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS -1° ANO MÉDIO

ATIVIDADES
1- Nos versos abaixo uma figura se ergue garças ao conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
Dois do presente,
Dois do passado.”
Essa figura de linguagem recebe o nome de:
a – (  ) metonímia
b – (  ) catacrese
c – (  ) hipérbole
d – (  ) antítese
e – (  ) hipérbato

alternativa correta – letra “d”.
2- Qual a figura de linguagem presente na frase “As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.”, de Mário Quintana?
a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) eufemismo
b) metáfora
3- Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
d) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
R- e
4- Na frase “O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

R- e

5- Na frase “O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

R- e

ATIVIDADES COM FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS- 1° ANO MÉDIO

Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia. Conotação: Significado e exemplos de frases. 
Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qualassim comoque nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)
Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.
pé da mesa estava quebrado.
Não sente no braço do sofá.
Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).
Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)
Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)
Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)
Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Porque gado a gente marca,/ tangeferraengorda e mata,/ mas com gente é diferente.
Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!
Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.
Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.
ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)
Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.
Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
Referências bibliográficas:
TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo: Scipione, 2007.
ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo: Saraiva, 2009.

ATIVIDADES COM FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTAXE - 1° ANO MÉDIO

ATIVIDADES
1- Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:
Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)
a) anáfora – antítese – silepse
b) metáfora – antítese – elipse
c) anástrofe – antítese- zeugma
d) pleonasmo – antítese – silepse
e) anástrofe – comparação – parábola.

R- “a”. Os recursos estilísticos utilizados na frase são: silepse - concordância da forma verbal “temos” com a ideia subentendida de “nós”, quando, na verdade, o sujeito é “os modernos” (3ª pessoa); antítese - aproximação de duas ideias opostas, presentes nas palavras “antigos” e “modernos”; anáfora - repetição da palavra “nem” consecutivamente nas duas frases seguidas. 

2- Observe as expressões em destaque:
"Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)

"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)

"E rir meu riso." (Vinícius de Moraes)
3- A figura de sintaxe, subdivisão das figuras de linguagem, presente nas três frases é:
a) Elipse
b) Pleonasmo
c) Assíndeto
d) Polissíndeto
e) Anáfora.
R- “b”. O pleonasmo consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não, para torná-los mais expressivos.

4- Identifique as figuras abaixo utilizando os seguintes códigos:

1. Elipse
2. zeugma
3. pleonasmo
4. assíndeto
5. polissíndeto 
6. anáfora

a) (    ) "E zumbia, e voava, e voava, e zumbia." ( Machado de Assis)

b) (    )"Homens que metem a carga nos porões!

              Homens que enrolam cabos no convés!
              Homens que limpam os metais das escotilhas!
              Homens dos mastros!!" (Álvaro de Campos) 

c) (    ) "A multidão sacerdotal bradava, uivava, cantava, arrojava-se pelo chão." (Eça de Queirós)


d) (    ) "Ele sempre viveu uma vida simples." 

e) (    ) " Um trouxe cigarros, outro apenas seu pulmão."
f)  (    ) "  Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados,
                  dos amores raros que tive." ( Murilo Mendes)

a 5,    b 6,      c 4,    d3,     e 2,    f 1

5- Transcreva do trecho do poema abaixo duas inversões e um pleonasmo. 

Soneto de fidelidade 

De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 

VINICIUS DE MORAES. In: Livro de sonetos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. (Fragmento.) 


R- Inversões: De tudo ao meu amor serei atento antes - Serei atento ao meu amor antes de tudo. 
Que mesmo em face do maior encanto / Dele se encante mais meu pensamento - Que meu pensamento se encante dele mesmo em face do maior encanto.
E em seu louvor hei de espalhar meu canto / E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento - E hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto em seu louvor ao seu pesar ou contentamento.

Pleonasmo: rir meu riso.







ATIVIDADES COM FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTAXE - 1° ANO MÉDIO

As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)
Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)
Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)
Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados
Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)
Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.
Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.
Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.
São como cristais suas lágrimas.
Batia acelerado meu coração.
Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:
Suas lágrimas são como cristais.
Meu coração batia acelerado.
Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.
Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:
De gênero:
Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)
De número:
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)
De pessoa
Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

terça-feira, 24 de abril de 2018

ATIVIDADES COM ARTIGO DEFINIDO E INDEFINIDO - 2° ANO MÉDIO

ATIVIDADES
1- Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente entre elas, no que se refere ao artigo que acompanha o substantivo:
Eu acompanhei a garota até sua casa.
Encontrei uma garota por onde eu passava.

R- A primeira revela um sentido específico – a garota
Na segunda, um sentido genérico, indefinido – uma garota.

2- Classifique as orações de acordo com o código representado:
A – artigo definido
B – artigo indefinido
a-  Uns alunos chegaram mais cedo à escola (   ).
b – O bem sempre vencerá o mal (   ).
c – Preciso de uma explicação para o fato (   ).
d – Chegaram as encomendas (   ).
e – Nesta loja vendem-se uns artigos importados (  ).
R- B; A; B; A; B.

3- Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
a) Estes são os candidatos que lhe falei.
b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera. X
c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
e) Muito é a procura; pouca é a oferta.

    4- Por quê em determinado casos empregamos o artigo indefinido e em outras situações empregamos o artigo definido?
Indefinido quando não temos certeza e definido quando sabemos de forma precisa.

5- Procure e assinale a única alternativa em que há erro quanto ao problema do emprego do artigo:

a) (   ) Nem todas as opiniões são valiosas.
b) (   ) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) (    ) Leu todos os dez romances do escritor.
d) (    ) Andou por todo Portugal.
 X
e) (    ) Todas cinco, menos uma, estão corretas.


A Leoa e a Raposa
Todos os animais estavam se vangloriando de suas famílias numerosas. Somente a leoa se mantinha em silêncio. Ela não disse nada, nem mesmo quando a raposa toda orgulhosa, desfilou seus filhotes diante dela. - Olhe! - disse a raposa. - Veja minha ninhada de raposinhas vermelhas; são sete! Digamos, quantos filhos você têm? - Somente um - respondeu tranquila a leoa. - Mas é um leão! Moral da história: “Eis que o mérito não deve ser medido em razão da quantidade, mas tendo em vista a qualidade”. 
 .
 1 – “A Leoa e a Raposa”.
Qual o efeito de sentido obtido pelo emprego do artigo definido no título do texto? R-Quando se diz “A leoa” e “a Raposa”, define-se um animal em meio a tantos outros. Se fosse dito “Uma Leoa” e “uma raposa”, poderia ser qualquer uma. Nesse caso, não se especifica.

2 – Em todas as alternativas, o termo grifado funciona como artigo, exceto em:
a) “Todos os animais estavam se vangloriando de suas famílias numerosas.”
b) “Somente a leoa se mantinha em silêncio.”
c) “[...] nem mesmo quando a raposa toda orgulhosa, desfilou seus filhotes diante dela.”
d) “- Somente um - respondeu tranquila a leoa.”  X

 3 – A que classe pertence o termo grifado na alternativa assinalada na questão anterior? Justifique a sua resposta: R- O termo “um” funciona como “numeral”, pois indica a quantidade de filhos da leoa.

 4 – Os artigos definidos e indefinidos, empregados na construção do texto, antepõem: a) substantivos X           b) adjetivos         c) verbos             d) advérbio


ATIVIDADES COM ARTIGOS DEFINIDO E INDEFINIDO - 2° ANO MÉDIO

Artigo
O artigo é uma palavra que se antepõe ao substantivo, serve para determiná-lo, essa determinação pode ser definida ou indefinida. É variável em gênero e número e dividido em:

- Artigo definido: o, a, os, as, esses determinam o substantivo com precisão.

Exemplo: A revista publicou o escândalo.

- Artigo indefinido: um, uma, uns, umas, esses determinam o substantivo com imprecisão.
Exemplo: Uma revista publicou um escândalo.

Observações sobre o emprego do artigo:

- O artigo determina o gênero e o número do substantivo.
Exemplo: o menino, os meninos, a menina, as meninas.

- O artigo anteposto pode substantivar qualquer palavra.
Exemplo: Não quero ouvir um não como resposta. (o advérbio não foi substantivado)

- Os artigos podem aparecer combinados com preposições.
Exemplo: Estava numa cidade grande. (preposição em + artigo uma)

- Quando o artigo indefinido aparece anteposto a um numeral indica quantidade próxima.
Exemplo: Escrevi uns quatro artigos sobre o aquecimento global.

- Não é aceitável o uso do artigo depois do pronome relativo cujo e suas flexões.
Exemplo: Comprei uma planta cujas plantas são raras.

- O artigo definido pode, ou não, ser usado depois do pronome indefinido todo. Quando o artigo é utilizado, a ideia é de totalidade, quando é omitido, o sentido é de qualquer.
Exemplos: Aos domingos leio todo o jornal. (totalidade)
Todo jornal traz noticiário político. (qualquer jornal)
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:
PreposiçõesArtigos
o, osa, asum, unsuma, umas
aao, aosà, às--
dedo, dosda, dasdum, dunsduma, dumas
emno, nosna, nasnum, nunsnuma, numas
por (per)pelo, pelospela, pelas

ATIVIDADES COM FIGURAS DE SOM OU SONORAS- 1° ANO MÉDIO

As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.
O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

ATIVIDADES

1) Leia o trecho da música Águas de março, de Tom Jobim, e marque a alternativa que corresponde à figura de linguagem que se destaca no trecho.
É pau, é pedra, é o fim do caminho”.
a) Aliteração
b) Pleonasmo
c) Onomatopeia
d) Assonância
e) Sinestesia
R- Letra D. A Assonância é a repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.

2)Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)

Nos versos
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de
a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia
Alternativa c: aliteração.

3) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
 
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
 
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
 
e) “Meu nome é Severino, não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
R- e: “Meu nome é Severino, não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

4) Nomeie as figuras de som utilizadas nos enunciados abaixo:
a) O rato roeu a roupa do rei de Roma.
b) Tic-tac, tic-tac fazia o relógio na parede.
c) Venha, Vera, venha ver as velas ao vento.
d) Quem conta um conto sempre aumenta um ponto.
R-a) Aliteração.
b) Onomatopeia.
c) Assonância.
d) Paronomásia.