segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - CRÔNICA - 6° ANO

O homem e seu cachorro
 Eis uma história que me contaram há muito tempo. Se é mentira, fica por conta de quem me contou, porque não conheci o homem nem o seu cachorro. Mas gosto da história que me contaram, muito humana e muito pura. É verdade que narrada assim, numa prosa sem colorido, perde toda a sua pureza e toda a sua humanidade.
 Havia um homem que possuía um cachorro. Coisa, aliás, muito simples. Porque o destino dos cachorros é esse mesmo de se tornarem propriedade dos homens.
 Mas neste caso a coisa era diferente. Aquele homem não tinha mulher, não tinha filhos, não tinha amigos. Vivia só com seu cachorro. Se era um cão de raça. Sabido como aqueles que figuram nas páginas das revistas populares americanas, eu não sei. Mas sei que era o companheiro inseparável daquele solitário. Aliás, ele passou a ser chamado o homem do cachorro, tanto se confundiam os destinos das duas criaturas.
 Um dia, o homem olhou para o céu e viu que não haveria chuva. Esperou com pouca esperança e muita resignação. Até que a seca se declarou.
 Quando já não podia viver na terra natal, arrumou os trastes, amarrou o cachorro e se fez no caminho para a grande jornada.
 Nesse tempo, o trem chegava até Quixadá. E o homem atravessou o sertão, sempre com o seu cachorro. Viu muita tristeza, as criancinhas morrendo de fome, velhas esqueléticas, corpos descompostos atirados aos urubus.
 E não esmoreceu, andava sempre. Tinha um vago pressentimento de que chegaria a algum lugar. Não atinava bem para onde ia. Aliás, o caso bem pensado, ele não ia mesmo não. Apenas saía. Saía da sua casa, onde sempre vivera solitário.
 Poderia ter ficado, esperando a morte pacientemente, e talvez não morresse. Vivia só, só não, porque tinha o seu cachorro.
 Afinal fugira e agora penava por aquelas estradas desertas. Muita fome ia sentindo. Não havia dinheiro, não havia água, não havia alimento.
 Uma noite sentiu que as pernas lhe fraquejavam. Caiu à beira do rio seco. Dormiu um bom tempo. E sonhou. O que o homem sonhou nunca me contaram, mas me disseram que quando ele abriu os olhos o cachorro estava deitado pacientemente a seu lado, velando aquele sono agoniado e faminto.
 Foi assim que o homem chegou a Quixadá. Não tinha dinheiro para a passagem. Procurou então a comissão de socorro. Deram-lhe um pouco pra comer, cigarros para fumar e a passagem para embarcar no dia seguinte.
 Era bem cedinho quando chegou à estação. Acomodou-se na calçada com o companheiro a seus pés. Na hora da partida, o chefe da estação mandou que ele parasse, e ele parou. Não podia tomar o trem. Só se fosse sem o cão.
 O homem olhou o papel da passagem. Olhou para o chefe da estação. Olhou o trem. E olhou a estrada também. Aí segurou com muita força a corda do seu cachorro e saiu andando por cima dos trilhos.

João  Clímaco Bezerra

Atividades

1- Logo no início da crônica, o autor faz uma advertência sobre:
(     ) a simplicidade da história.
(     ) a veracidade da história.   X
(     ) a beleza da história.
(     ) a importância da história.

2- Segundo as palavras do autor, a história, depois de narrada por ele:
(     ) perde completamente a sua pureza e a sua humanidade.  X
(     ) ficou cheia de pureza e humanidade.
(     ) não poderia tocar os corações puros e humanos.
(     ) poderia perder toada sua pureza e humanidade.

3- No segundo parágrafo, o autor diz que “o destino dos cachorros ´é esse mesmo de se tornarem propriedade dos homens”. Qual das alternativas abaixo traduz melhor a expressão usada pelo autor?
(     ) Por causa da fidelidade, o cão sempre é acolhido pelo homem.
(     ) Por não poder sobreviver sozinho, o cão acaba sendo acolhido pelo homem.    X
(     ) Todo cão sempre busca a companhia do homem.
(     ) Todo cão recebe proteção do homem por causa de sua fidelidade.

4- Através do texto você pode sentir quem era o homem, personagem da crônica de João Clímaco Bezerra. Para ele, o cão representava a figura de um :
(     ) amigo.     X
(     ) acompanhante.
(     ) companheiro.
(     ) animal.

5- Agora, você vai caracterizar a personagem. Ela é uma figura que nos impressiona principalmente porque se apresenta:
(    ) conformista e persistente.
(    ) esperançosa e inquieta.      X
(    ) desesperançosa e abatida.
(    ) intranquila e nervosa.

6- Ao chegar a Quixadá, a personagem procurou a comissão de socorro a fim de que, através dela:
(     ) conseguisse matar a fome.
(     ) conseguisse trabalho em Quixadá.
(     ) conseguisse dinheiro.
(     ) pudesse seguir viagem.    X

7- No final da crônica, a atitude que a personagem assume, e que nos fez admirá-la ainda mais, é de:
(     ) renúncia, decisão e gratidão.   X
(     ) insistência, decisão e gratidão.
(     ) renúncia, indecisão e agradecimento.
(     ) paciência, indecisão e gratidão.

8- Produção de texto. Na história não sabemos o que aconteceu com o homem e o seu cachorro, após saírem andando por cima dos trilhos. O que você acha que pode ter acontecido com os dois? Use a sua imaginação e invente um final para a crônica de João Clímaco Bezerra.







quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ATIVIDADES COM APOSTO E VOCATIVO - 8° ANO

Aposto
O aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

Ex: Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem.

 Temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos.

Há alguns tipos de apostos:

 Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

 Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

 Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

 Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. 

Vocativo 
Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.
Ex: 1. Amigos, vamos ao cinema hoje?

2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!
 
Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. 

ATIVIDADES

Crianças, saiam já da chuva!

Qual é a função do termo em destaque?
a) sujeito.
b) aposto.
c) adjunto adverbial.
d) adjunto adnominal.
e) vocativo.    X

2- A expressão em destaque em "... podes partir de novo, Ó nômade formosa!" exerce a função sintática de:
a) vocativo      X
b) aposto
c) sujeito
d) predicativo
e) objeto direto

3- No exemplo de período simples: “Palmas, capital do Tocantins, é uma cidade jovem”, as vírgulas estão separando:
a) o vocativo
b) o adjunto adverbial
c) o aposto     X
d) a interjeição

4- Sublinhe os apostos.
a) “Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro da noite.”
companheiro da noite
b) “Quando mais nada devêramos aos portugueses, nós estas duas coisas lhes deveríamos, a religião e a língua…”
nós – a religião e a língua
c) Médico pobre, o Dr. Bento andava sempre a cavalo.
médico pobre

5- Nas frases seguintes, identifique aposto e vocativo.
a) Meu amigo, você viu Tião, o rei do acarajé?
 Meu amigo: vocativo; o rei do acarajé: aposto
b) O desastre deixou muitos feridos, coisa lastimável.
 coisa lastimável: aposto
c) Meu Deus, como agir neste momento?
 Meu Deus: vocativo



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ATIVIDADES COM COLOCAÇÃO PRONOMINAL- ÊNCLISE - PRÓCLISE - MESÓCLISE - 9° ANO

Colocação pronominal
Próclise
→ Elementos que atraem os pronomes oblíquos átonos:
·         Palavras negativas: nem, não, nunca, jamais etc.
Não me incomodo com esse tipo de barulho.
·         Advérbios: Acolá, aí, aqui, lá, já etc.
 me disseram que aqui não é um bom lugar.
·         Pronomes relativos: que, o qual, os quais.
A menina que me mostrou o jardim secreto é um amor.
→ Emprego da próclise:
·         Com partículas exclamativas e optativas.
Deus lhe abençoe!
·         Em sentenças interrogativas diretas e indiretas.
Quem lhe falou sobre o nosso segredo?
·         Em orações subordinadas desenvolvidas.
Pedi que lhe entregasse minhas atividades.
·         Orações coordenadas alternativas.
Ora me batia, ora me abraçava.
·         Orações com inversão sintática.
Clara me pareceu sua reflexão.
·         Gerúndio precedido da preposição em.
Em se tratando de direção preventiva, ele é uma negação.
·         Orações com verbo antecedido de pronome não pessoal.
·         Aqui se estuda.

Mesóclise
→ Emprego da mesóclise:
·         Verbo no tempo futuro do presente.
Os ovos de páscoa, comprá-los-ei ainda esta semana.
·         Verbo no tempo futuro do pretérito.
Não posso comprar aquele carro. Comprá-lo-ia se estivesse mais em conta.

Ênclise
Emprego da ênclise:
·         Em frases iniciadas por verbo.
Entregaram-me as provas amassadas.
·         Com o verbo no imperativo afirmativo.
Alunos, aquietem-se!
·         Com o verbo no gerúndio.
Deixando-nos, ela foi sem olhar para trás.
·         Com o verbo no infinitivo impessoal.
Começamos a interessar-nos por moedas antigas quando éramos crianças.

ATIVIDADES

1) Assinale a colocação inaceitável:
a) Maria Oliva convidou-o 
b) Se abre a porta da caleça por dentro   X
c) Situar-se-ia Orfeu numa gafieira?
d) D. Pedro II o convidou

2) O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual?
a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente    X
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente
c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde
d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me

3) Estas conservas são para nós __________ durante o inverno. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
a) alimentarmos- nos
b) alimentar- mo- nos
c) nos alimentarmos     X
d) nos alimentarmo- nos

4)  Assinale a frase com erro de colocação pronominal: 
a)  Tudo se acaba com a morte, menos a saudade 
b)  Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe tudo  X
c)  João tem-se interessado por suas novas atividades 
d)  Ele estava preparando-se para o vestibular de Direito

5 Assinale a frase com erro de colocação pronominal: 
a)  Tudo me era completamente indiferente 
b)  Ela  não me deixou concluir a frase 
c)  Este casamento não deve realizar-se 
d)  Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas   X


ATIVIDADES COM FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES DO CASO RETO E OBLÍQUO - 7° ANO

Funções sintáticas dos pronomes
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.

Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
Pronomes pessoais do caso oblíquo
São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos e os tônicos.
Pronomes Oblíquos Átonos
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas:
A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Ex.
  • Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
  • Respeite-me, garoto.
  • Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Observações:
01) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas.
Ex.
  • Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
  • Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.

02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo, la, los, las.
Ex.
  • Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.
  • As apostilas, tu perde-las toda semana. (Pronuncia-se perdê-las)
  • As garotas ingênuas, o conquistador cedeu com facilidade.


03) Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a terminação -s.
Ex.
  • Encontramo-nos ontem à noite.
  • Recolhemo-nos cedo todos os dias.

04) Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Ex.
  • Obedecemos-lhe cegamente.
  • Tu obedeces-lhe?
B) Objeto Indireto
Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Ex.
  • Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
  • Obedecemos-lhe cegamente.

EXERCÍCIOS
1- A substituição do termo nas frases pelo respectivo pronome não está correta em:
a) “... defendiam o seu sono...” — defendiam-no.                   
b) “...abrindo picadas...” — abrindo-as
c) “.. sem fazer ruído..” — sem fazê-lo.                                  
d) “. . . habitando na mata..” — habitando-lhe      X
e) “...miavam seu espantoso miado...” — miavam-no.

2- Assinalar a alternativa em que a substituição da palavra  grifada pelo pronome átono está INCORRETA.
a) “... roubam uma flor...”  - roubam-na                             
b) “...pisam as flores...” – pisam-nas
c) “...dizemos algumas palavras...” - ...dizemo-las.            
d) Não entendo os homens. -  Não lhes entendo
.        X

3- O termo em destaque exerce a função de objeto indireto, exceto em:
a) Lembrei-lhe a data de aniversário de sua mãe.
b) Perdi a cabeça durante a discussão e dei-lhe na cara.
c) Devido a problemas de saúde, proibiram-lhe que fumasse.     
X
d) Incumbiram-lhe que entregasse a encomenda.
e) Com certeza, pagou-lhe com bastante atraso.
4- De acordo com a função desempenhada pelo pronome em destaque, analise as orações e atribua-lhes o código correspondente:
a – ( A) Deu-me a mão e juntos prosseguimos o passeio.
b – (
B) Desejo vê-lo o quanto antes.
c – (
B) Fê-los sair apressadamente.
d – (
A) Entreguei-lhe a encomenda.    
( A) Objeto indireto
( B ) Objeto direto

5- “É quase impossível enxergá-lo”.

Na frase acima foi empregado corretamente o pronome oblíquo “o”. A frase que não se completa com esse pronome é:

a) Abracei - ---com entusiasmo.
b) Vi - ---ontem na esquina da rua.
c) Felicitei - --pela aprovação.
d) A ele, devolvi - ---- o documento.    
X
e) O livro, entreguei - --- ao aluno.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

ATIVIDADES COM PREFIXO E SUFIXO - 7° ANO

Prefixo e Sufixo são morfemas que se juntam às palavras a fim de formar novas palavras. Ambos são, na verdade, afixos; o nome prefixo ou sufixo é dado mediante o lugar que ocupam na palavra: se estiver antes do radical é prefixo, mas se estiver depois do radical é sufixo. Radical é a parte da palavra que contém seu significado básico.

Exemplos:
Cesteiro  -                  cestinha
 radical e sufixo                     radical   e sufixo
Desleal                                   retroceder
                                       Radical e prefixo
prefixo e radical     

ATIVIDADES

1- Observe o grupo de palavras abaixo:
Cestaria – lavanderia – padaria

O que os sufixos dessas palavras tem em comum quanto ao significado?
Todos indicam locais, estabelecimentos relacionados a um produto ou serviço.

      2- Forme verbos usando sufixos.

      a) Amarelo  - amarelar

      b) Indução  - induzir

      c) Canto  - cantar

      d) Síntese - sintetizar

      3) De acordo com o exemplo organiza quatro famílias de palavras.
     Uma família de palavras é um conjunto de palavras que têm o mesmo radical, ou
seja, que foram criadas a partir da mesma palavra primitiva.

      Ex: sapato: sapateiro, sapatear sapataria, sapatilha, sapatinho, sapatorro, sapatola...
      a) mar:  
      b) fogo:
      c) terra:
      d) vento:
      R= ver as palavras da turma

      4) Complete o quadro.

Primitiva
Derivada por sufixação
Derivada por prefixação
Derivada por prefixação e sufixação
Capaz
capacidade
capacitado
incapacidade
Grato
gratidão
ingrato
ingratidão
feliz
felizmente
infeliz
infelizmente

5- Assinale a afirmativa errada com relação à análise morfológica da palavra desonrosa:
a-(    ) O radical é onr.                    c-  ( x ) O sufixo é - rosa.
b-(    ) O prefixo é  des.                  d-  (    ) O a final é desinência de gênero.