segunda-feira, 5 de março de 2018

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO COM DESCRITORES - 6° ANO



Leia o texto abaixo para responder a questão

O sanfoneiro só tocava isso!
Geraldo Medeiros e Haroldo Lobo

O baile lá na roça foi até o sol raiar
A casa estava cheia, mal podia se andar.
Estava tão gostoso aquele reboliço,
Mas é que o sanfoneiro só tocava isso!
De vez em quando alguém vinha pedindo pra mudar,
O sanfoneiro ria, querendo agradar,
Mas parece que a sanfona tinha qualquer enguiço,
É que o sanfoneiro só tocava isso!

01.  QUESTÃO 01 
Segundo o texto, a sanfona parecia com defeito porque
(A) o sanfoneiro sempre tocava a mesma música.  X
(B) o sanfoneiro ria, querendo agradar.
(C) a casa estava cheia e tinha muito reboliço.
(D) o baile na roça foi até o sol raiar. HABOLIDADE  EF69LP54

Faça a leitura do texto para responder a questão 02.
O pingo d’água (Fragmento)
   — Parem com esse pingo d’água! – berrou a bruxa.
  O Saci deu uma risada de escárnio. — Parar? Tinha graça! Já arrumei tudo, de modo que o pingo pingue durante cem anos.
  — Parem com esse pingo que está me pondo louca! Tenha dó de uma pobre velha...
  — Pobre velha! Quem não a conhece que a compre, bruxa de uma figa! Só pararemos com a água se você nos contar o que fez de Narizinho.
  — Hum! – exclamou a bruxa.
  — Pois se sabe, desembuche. E nada de tentar enganar-nos. É ir dizendo onde está a menina o mais depressa possível.
  — Farei o que quiserem, mas primeiro hão de desviar de minha testa este maldito pingo que me está deixando louca.
 LOBATO, Monteiro. O Saci. São Paulo: Globo, 2007. QUESTÃO  (Prova Rio 2010)

A expressão “Quem não a conhece que a compre” quer dizer que a bruxa é
(A) esquecida.      (B) traiçoeira. X      (C) bondosa.      (D) confiável.  HABILIDADE EF06LP03X

Leia o texto abaixo.
A galinha dos ovos de ouro
Uma pessoa tinha uma galinha que punha ovos de ouro. Crendo que ela tinha dentro do ventre um monte de ouro, matou-a e viu que ela era igual às outras galinhas. Na esperança de encontrar toda a riqueza de uma só vez, ficou privada até de um pequeno ganho.
 Esopo. Fábulas completas. Trad. Neide Smolka. São Paulo: Moderna, 1998. QUESTÃO 15 (SAERS

 Essa história ensina que
A) a esperança dá riqueza às pessoas.
B) as galinhas colocam ovos de ouro.
C) devagar se vai longe.
D) quem tudo quer tudo perde. X
D6 - Identificar o tema de um texto. HABILIDADE EF67LP30A

Leia o texto abaixo para responder a questão.
SAPATO
É MUITO CHATO,
mas é um fato:
em pata de pato
não cabe sapato.
Não há sapato
pra pata de gato
ou pata de rato.
E eu constato
que nem no mato
se encontra sapato
pra carrapato! Fonte:
CIÇA. Trava-Trela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 200

QUESTÃO  (Prova Rio, adaptada)
 A palavra que retrata o tema da poesia é
 (A) carrapato.       (B) sapato.x        (C) gato.      (D) pato. HABILIDADE EF67LP31



sexta-feira, 2 de março de 2018

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - POEMAS - 7° ANO


Enfim, só!
Finalmente,
Hoje trago a certeza
de não ser só.
Será isto maturidade?
Será isto autenticidade?

Já não espero do outro,
Ninguém me decepciona mais.
E assim, vivo leve e solta!
É bom dividir, doar, amar.
Mas ninguém me acolherá completamente.
Ninguém terá tudo a me dar...
E sem cobrar, irei trocar.

Dependo de mim,
do que fizer,
do que me der...
vou sempre buscar
e nunca me saciar,
só assim poderei me amar,
libertar e
CRIAR!
Dora Lúcia Âlcantara



Na ilha por vezes habitada
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
Manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as
palavras que as significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contêm toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até ao
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
José Saramago

ATIVIDADES

Sobre os dois poemas:

A- Que sentimentos você experimentou ao lê-los?

B- Quais dificuldades você sentiu para entende-los?

2- Qual das seguintes mensagens pode ser aplicada aos dois textos? Cite passagens do texto que justifique sua resposta.

A- A solidão é a maior causa dos conflitos humanos.

B- Quanto mais nos conhecemos, mais vivemos plenamente nossa condição humana.

C- Nossa vida só será realmente plena quando conseguirmos estabelecer a paz entre todos os seres humanos.

R: b – Poema – Enfim só! – última estrofe Na ilha por vezes habitada(...) Então sabemos tudo que foi e será / O mundo aparece explicado definitivamente e entra/ em nós uma grande serenidade e dizem-se as/palavras que a significam. (...)

3- Em qual dos poemas ocorre o uso de rimas? Quais efeitos esse recurso produz no texto?

R: No poema Enfim, só! A rima imprime ao poema um efeito musical e rítmico, que aproxima o leitor do texto e facilita a memória.

4- Na geografia, qual o significado da palavra “ilha”?

R: Porção de terra de pequena extensão, cercada de água por todos os lados.

5- Explique o sentido figurado com que a expressão “ilha por vezes habitada do que somos” foi empregada no texto.

R: O eu poético define figurativamente o ser humano como uma ilha, ou seja, um ser solitário que eventualmente se sente acompanhado, compreendendo-se.

6- Transcreva versos do poema “Na ilha por vezes habitada” em que o eu poético revela consequências benéficas que o autoconhecimento pode trazer ao ser humano.

R: “O mundo aparece explicado definitivamente e entra/ em nós uma grande serenidade...” Podemos então dizer que somos livres, com paz e o / sorriso de quem se reconhece...”.

7- Produção escrita. Elabore um poema, brincando com o uso das rimas (com nomes de pessoas, cidades, sentimentos etc,) Procure reler poemas de que você tenha gostado ou outros sugeridos na sala e por fim escolha um assunto que lhe desperte a atenção.





ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - CONTO - 6° ANO


Os três porquinhos

   Era uma vez três porquinhos que viviam juntos, unidos pelo respeito mútuo, e em harmonia com o meio ambiente. Usando materiais nativas daquela região, cada um deles construiu uma linda casa. Um porquinho construiu uma casa de palha, outro uma casa de madeira, e o terceiro uma casa com tijolos feitos com fibras naturais e rampas para deficientes físicos na calçada. Quando terminaram os porquinhos ficaram satisfeitos com o seu trabalho e instalaram-se para viver em paz e autonomia.
   Mas esse idílio foi logo quebrado. Um dia lá se veio um lobo com ideias expansionistas. Viu os porquinhos e ficou faminto, tanto no sentido físico quanto no ideológico. Quando os porquinhos viram o lobo correram para a casa de palha. O lobo disfarçou-se de entregador de pizzas e tocou a campainha. Quando os porquinhos abriram a porta o lobo anunciou: "É a pizza!"
    Mas os porquinhos responderam: " Não comemos pizzas. Pizzas são gordurosas e têm muito amido, o que vai contra qualquer dieta saudável."
   "Mas é pizza diet!" retrucou o lobo. Revoltados com a propaganda enganosa, os porquinhos bateram a porta na cara do lobo, que, enfurecido, gritou: "Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar!"
    E os porquinhos responderam: "A sua tática de ataque não mete medo a porquinhos que defendem o seu lar e a sua cultura."
    Mas o lobo não desejava frustrar o que considerava ser seu destino manifesto. E assim ele soprou e bufou e pôs abaixo a casa de palha. Os porquinhos, aterrorizados, correram para a casa de madeira, com o lobo logo atrás deles. No lugar da casa de palha, outros lobos compraram a terra e iniciaram uma plantação de bananas, usando indiscriminadamente pesticidas e fertilizantes químicos.
   Na casa de madeira, o lobo esmurrou a porta e gritou: "Porquinhos, porquinhos deixem-me entrar!"
   E os porquinhos responderam: "Vá para o inferno, seu opressor carnívoro, seu imperialista!"
   Ouvindo isto o lobo sorriu e pensou: "Eles são tão infantis. É uma pena que tenham que morrer, mas não se pode deter o progresso".
   E assim o lobo pôs abaixo a casa de madeira. Os porquinhos correram para a casa de tijolos. No lugar da casa de madeira, outros lobos construíram um complexo turístico de trinta andares, desrespeitando a área protegida da região.
   Na casa de tijolos, o lobo novamente gritou: "PORQUINHOS, DEIXEM-ME ENTAR!"
    Desta vez, como resposta, os três cantaram canções de solidariedade e enviaram cartas de protesto às Nações Unidas.
    A essa altura, o lobo estava a ficar zangado com a recusa dos porquinhos em encarar o problema pelo ponto de vista de um carnívoro. Então, ele soprou e bufou, soprou e bufou, até que segurou o peito e caiu fulminado com um infarto causado por colesterol alto, vida sedentária e excesso de cigarros.
    Os três porquinhos rejubilaram, pois a justiça triunfara, e dançaram em volta do corpo do lobo. O próximo passo foi libertar o território ocupado. Reuniram porquinhos que tinham sido expulsos das suas terras e, juntos, exigiram a intervenção do exército que cercou o local e, sem o uso da força, invadir lares, ou desrespeitar os direitos dos lobos trabalhadores, acabou com o crime organizado. Os porquinhos estabeleceram uma socialdemocracia modelar com educação gratuita, seguro de saúde para todos e, é claro, financiamento da casa própria.

Nota: O lobo deste conto é apenas uma metáfora. Lobos de verdade não sofreram danos físicos no decorrer da história. James Finn Garner. Contos de fadas politicamente corretos.


ATIVIDADES

1- Atividade em dupla.
A- Como vocês observaram, o texto ” Os três porquinhos” faz parte de um livro intitulado Conto de fadas. Pensando nessa informação, respondam:

A- O que vocês entendem a respeito da expressão “politicamente corretos”?

B- Construam um quadro com atitudes politicamente corretas e atitudes politicamente incorretas mencionadas no texto e indiquem os personagens que as praticaram.

2-  Procurem saber o significado da palavra paródia e expliquem se o texto “Os três porquinhos pode ser uma paródia.

3- De acordo com o contexto da história explique o significado das seguintes palavras ou expressões sublinhadas.

a-“Mas esse idílio foi logo quebrado.”
b-...lá veio um lobo com ideias expansionistas.”
c-“...ficou faminto, tanto no sentido físico quanto no ideológico.”
d-“...não desejava frustrar o que considerava ser seu destino manifesto.”
e-“Vá para o inferno, seu opressor carnívoro, seu imperialista!”

4- Nessa história o lobo é vilão, herói ou vítima? Justifique sua resposta.

5- Os porquinhos usaram materiais nativos da região, para construir lindas casas. Que materiais eram esses?

6- O lobo disse que estava entregando pizza diet. Por que os porquinhos ficaram revoltados com a propaganda?

7- Se você tiver outras versões dessa história traga para a sala de aula. Observe as semelhanças e diferenças de um texto para outro. Depois dê a sua opinião escrevendo uma nova versão para “ Os três porquinhos”.

 Gabarito

3- a) Relação harmoniosa

b) Ideias que pregam o direito de povos fortes dominarem outros povos e dominarem seus territórios.

c) Tanto no sentido da fome de alimentos para o corpo quanto no sentido da imposição de ideias.

d) Destino conhecido por todos, predestinado, ou seja de destruir as casas dos porquinhos.
e) Matador, perseguidor/dominador, ditador.

4- Pessoal

5- Palha, madeira e as fibras com que foram feitos os tijolos.

6- Ficaram revoltados porque pizza é um alimento rico em calorias.