Uma
campanha no céu
No céu promoviam uma campanha:
Nascer sem ódio faz a vida feliz
Assim, ao romper o ovo, a cobrinha sorriu para o mundo.
Merecidamente, pois ele se apresentava quente e azul. Justificava
o amor. Ela decidiu desposar o panorama. Tanto era belo, aconchegante. Ótimo
nascer sem ódio!
- Esconda-se! – berrou mamãe-cobra. – Um gavião!
Por um triz a cobrinha não resulta natimorta.
- Pensei que fosse apenas um pedaço do céu em movimento.
- De boas- vindas? Idiota. Desconfie de todo movimento.
Esteja alerta e previna o tempo todo. Grave bem: o mundo
odeia as cobras.
Fiel à campanha, quis desculpar o gavião:
- Coitado, a notícia não deve ter chegado até ele.
Desanimada, mãe-cobra resolveu cuidar de si e de filhos
mais ajuizados:
- Isso é tudo que pude fazer por você. Cuide-se.
“Abandonada nos meus primeiros cinco minutos. Não é
propriamente um ato de amor.”
Apegada ao espírito da campanha, decidiu não chorar nem
odiar.
Afinal, a promessa se cumpria: não odiava e sentia o sol
forte, percebia azul em cima e verde aos lados. De certo, porque não odiava.
Uma família de coelhos atacava o vorazmente verde. Mesmo alguns
recém-chegados do céu.
Olààà! - saudou os
jovens mais próximos.
Pai coelho dispersou o grupo com um alerta bem ensaiado:
- Fugir! Cobra à vista!
O gesto de boa- vontade ficou no ar. Também uma vida:
“Será que a campanha não inclui os coelhos além dos
gaviões e das mães- cobras?”
Deu com uma rã sobre um toco. Quem melhor do que uma rã para
saber quem está ou não incluído nas campanhas de boa-vontade?
Indo para a rã, tropeçou na cobra grande, bote armado:
- Hei, garota?, está pensando em me roubar o jantar? Mal
nasceu e quer prejudicar a sua avó? Bela educação recebem as cobrinhas de hoje!
- Absolutamente, não. Sabe?, há uma campanha no céu...
A avó queria mesmo que a jovem falasse. Desferiu o bote e
abocanhou a rã. Mas sendo um a senhora aos velhos tempos, desatendeu à caloura:
- Campanha? Não sei de campanha que me proibisse a dieta
de rãs. Se há, não fui informada. Isso a ofende, querida?
- Não, me põe perplexa. Se todos saem lá do céu, nem os
gaviões, nem coelhos e menos ainda as cobras grandes foram convidados? Quem
saberia dizer?
- Pergunte ao homem que vem aí! Se ele não souber... –
Recomendou a cobra velha, metendo-se à pressa num buraco.
- E por que não hei de perguntar?
Foi pôr-se à vista do homem:
- Senhor, por acaso tem conhecimento da campanha...
O homem preferiu gritar:
- Campanha de cobra? Só pode ser contra o homem. Me deem
um pau que vou matá-la.
Então, a cobra ficou cobra. E mordeu o homem.
Donato,Hernâni.
Entendendo
o texto
1- Por
que, ao nascer, a cobrinha sorriu para o mundo?
R: A cobrinha sorriu para o mundo porque estava disposta a seguir a
campanha que promoviam no céu
2-Segundo o autor, o mundo mereceu
o sorriso da cobrinha. Copie uma palavra do primeiro parágrafo que justifique
essa afirmativa:
R: “Merecidamente”.
3-Numere
os parênteses de acordo com a sequência de animais com que a cobrinha falou ou
tentou falar.
A. (
3 ) rã c. ( 2 ) coelho
B. (
1 ) cobra -mãe
d. ( 4 ) cobra velha
4-O
que a cobrinha disse para justificar a atitude do gavião?
R: Pra justificar a atitude do gavião, a cobrinha disse que talvez a
notícia não tivesse chegado até ele.
5-Segundo
a cobrinha, todos os animais provinham do mesmo lugar.
a.Que
lugar era esse? R:O céu.
b.
Copie do texto um trecho que justifica sua resposta:
R “Se todos saem lá do céu...”
6-Apesar
de não ser muito paciente, a cobra velha era educada. Justifique essa afirmativa,
copiando um trecho do texto:
R: Mas sendo uma senhora dos velhos tempos, Não desatendeu à caloura”.
7-Um
dos animais da estória empregou linguagem semelhante à de um comandante de
navio.
a.
Que animal é esse?
R:O coelho.
b. Qual
é a frase que ele disse?
R: “- Fugir! Cobra à vista!”
10- Explique
a expressão: “Então, a cobra virou cobra”.
R: A cobrinha desistiu de seguir a campanha
1-
Adorei😍
ResponderExcluirMe ajudou muito 💖
Obrigada(o)😍😍💖💟💗
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