Aliteração: consiste na repetição
ordenada de mesmos sons consonantais.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães
Rosa)
Paronomásia:
consiste na
aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Conhecer as manhas e
as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”.
(Almir Sater e Renato Teixeira)
Onomatopeia:
consiste na
criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura
imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de
blá-blá-blá-blá!
É importante
destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um
mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.
ATIVIDADES
1) Leia o trecho da música Águas de
março, de Tom Jobim, e marque a alternativa que corresponde à
figura de linguagem que se destaca no trecho.
“É
pau, é pedra, é o fim do caminho”.
a) Aliteração
b) Pleonasmo
c) Onomatopeia
d) Assonância
e) Sinestesia
R- Letra D. A
Assonância é a repetição ordenada de sons
vocálicos idênticos.
2)Tecendo
a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro,
José Olympio, 1979)
Nos versos
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de
a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia
Alternativa c:
aliteração.
3) Assinale a alternativa
em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se
escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.”
(Clarice Lispector)
e) “Meu nome é Severino, não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
R- e: “Meu nome é Severino,
não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
4) Nomeie as figuras de
som utilizadas nos enunciados abaixo:
a)
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
b)
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio na parede.
c)
Venha, Vera, venha ver as velas ao vento.
d)
Quem conta um conto sempre aumenta um ponto.
R-a) Aliteração.
b) Onomatopeia.
c) Assonância.
d) Paronomásia.
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