Mostrando postagens com marcador 3º ano médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 3º ano médio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de março de 2017

ATIVIDADES COM ESTRUTURA DAS PALAVRAS - 3° ANO ENSINO MÉDIO

Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas chamamos de elementos mórficos ou morfemas.

 Menin                    inh                    o                         s 
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1490103135188
 Base do                     indica o grau         indica o gênero        indica o número
 significado                 diminutivo             masculino                plural 

A palavra menininhos, por exemplo, é formada por quatro morfemas: 

MORFEMAS
Os morfemas que constituem as palavras são os seguintes: radical, desinência, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação.

RADICAL

O radical é a parte fundamental da palavra, esse contém seu sentido básico, é comum a um grupo de palavras do idioma.

Exemplos:
Pastel       pasteleiro        pastelaria

DESINÊNCIA

As desinências são de dois tipos:

nominal: a desinência nominal indica o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural) dos substantivos, adjetivos e alguns pronomes.
Exemplo: noss-os, mania-s, absurd-as.

verbal: a desinência verbal indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plural), o tempo e o modo (indicativo...., presente...).
Exemplo: cant – radical 
                  á – vogal temática
                  sse – desinência que marca tempo imperfeito e modo subjuntivo
                  mos – desinência que marca 1ª pessoa, número plural.

Vogal temática 

É a vogal que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
Observe o verbo cantar:

Cant: radical
A: vogal temática
R: desinência de infinitivo.

A junção do radical cant- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação.

Vogais temáticas nominais: são –a, -e e –o, quando átonas finais, como em escola, dente, livro, essas vogais ligam as desinências indicadoras de plural, como escolas, dentes, livros. Os nomes terminados em vogais tônicas não apresentam vogal temática, como café, cipó, caju, saci.

Vogais temáticas verbais: são –a, -e e –i, essas caracterizam três grupos de verbos denominados conjugações. Os verbos cuja vogal temática é –a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é – e pertencem à segunda conjugação e por fim aqueles que tem vogal temática – i pertencem à terceira conjugação.

Primeira conjugação               Segunda conjugação             Terceira conjugação
Am-a-va                                          beb-e-ssem                            fug-i-rem
Atac-a-va                                        estabelec-e-sse                     imped-i-sse

Afixos 

São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua significação básica. São divididos em:
Prefixos: antepostos ao radical.
Exemplo: impossível, desleal.

Sufixos: pospostos ao radical.
Exemplo: lealdade, felizmente.


Vogais ou consoantes de ligação 

As vogais ou consoantes de ligação ocorrem eventualmente entre um morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibilitando a leitura de uma palavra.
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro. MUNDOEDUCAÇÃOUOL


ATIVIDADES
1. Assinale oca única opção em que ocorre variante do radical:
a) dizer, dizes, dizia;                    b) quero, queres, querias;   
c) faço, fazes, façamos;   X         c) amaria, amavas, amou;       e) vência, venceste, vence.

2. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:;
a) quadrar: radical                      
b) adotei vogal temática;
c) pareceram: vogal temática;    d) influência: desinência de feminino. X
e) compostas: desinência de feminino;
3. Aponte a opção em que aparece o mesmo prefixo existente na palavra “impunidade”, tendo ele o mesmo significado:
a) inevitável   X           b) invadindo         c) influência        d) inicialmente      e) incluindo

4. Assinale a opção em que se caracterizou erroneamente o elemento mórfico em destaque.
a) Ameaçam – M – desinência número-pessoal
b) Seja – A – desinência modo-temporal
c) Maneira – A – desinência de gênero.  X
d) Informe – IN – prefixo.
e) Pode – E – vogal temática.

5. Na palavra “espantoso”, o sufixo OSO acrescenta ao radical o valor semântica de aquilo que prova ou produz. Assinale a palavra cujo sufixo tem este mesmo significado:
a) apetitoso   X
b) medroso
c) venenoso
d) vaidoso
e) gostoso


ATIVIDADES SOBRE AS VANGUARDAS EUROPEIAS - 3° ANO ENSINO MÉDIO

Vanguardas Europeias

O que são: 
As vanguardas europeias foram movimentos artísticos (artes plásticas e literatura), ocorridos na Europa durante o século XX, que apresentavam como principais características a oposição ao academicismo (tradicionalismo) e a adoção de projetos inovadores e experimentais.

Principais movimentos de vanguarda europeia nas artes plásticas:

Cubismo 
 Movimento artístico europeu que surgiu no começo do século XX. Desenvolveu-se, principalmente, no campo da pintura. 
Principais características: decomposição das figuras em formas geométricas; não retratação da realidade de forma real (realidade fragmentada); não utilização da perspectiva e tridimensionalidade, uso do humor. 
Principais artistas plásticos: Pablo Picasso, Paul Cézanne, Fernand Léger, Marcel Duchamp e Braque.

Futurismo 
 Movimento artístico europeu ocorrido nas primeiras décadas do século XX.  O movimento foi iniciado na literatura, através das poesias do escritor Filippo Marinetti. A Itália foi o país em que o futurismo mais se desenvolveu.
Principais características: valorização das inovações trazidas pela industrialização e tecnologia; temas da vida urbana; uso de cores fortes e contrastes; experimentações de técnicas e estilos.
Principais artistas plásticos: Giacomo Balla, Umberto Boccioni, Carlo Carra e Ambrogio Casati.

Expressionismo 
 Embora tenha iniciado no final do século XIX, foi nas primeiras décadas do XX que este movimento artístico alcançou seu auge.
Principais características: ênfase na subjetividade; traços fortes; utilização arbitrária das cores; formas dramáticas.
Principais artistas plásticos: Van Gogh, Edvard Munch, George Grosz e Paulo Klee.

Dadaísmo
 Movimento artístico de caráter anárquico, que surgiu na Suíça em 1916.
Principais características: uso de artefatos do cotidiano, retirados contexto, em obras de arte; uso do humor e irreverência; posição contrária ao capitalismo, rompimento com as tradições artísticas.
Principais artistas plásticos: Hans Arp e Marcel Duchamp.

Surrealismo
 Este movimento de vanguarda artística surgiu em Paris na década de 1920.
Principais características: influência da Psicanálise, valorização dos sonhos e imagens inconscientes na elaboração de obras de arte; arte sem relação com a lógica e a razão.
Principais artistas plásticos: Salvador Dalí, René Magritte, Joan Miró e Max Ernst. Sua pesquisa.com

ATIVIDADES
1- Assinale a opção em que todos os movimentos artísticos listados, façam parte da Vanguarda Europeia.

(   ) a) Simbolismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Realismo.
(   ) b) Realismo, Cubismo, Simbolismo, Impressionismo e Futurismo.
(   ) c) Surrealismo, Cubismo, Naturalismo, Expressionismo e Futurismo..
(   ) d) Surrealismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo e Futurismo.  
(   ) e) Surrealismo, Cubismo,Dadaísmo, Expressionismo e Futurismo.   x

2- Sobre as vanguardas europeias, é correto afirmar, exceto:

a) Entre suas principais manifestações estão o Cubismo, o Futurismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo, todos surgidos na Europa no início do século XX.
b) As vanguardas europeias influenciaram as artes no mundo ocidental de maneira contundente. No Brasil, as inovações nas artes e na literatura ficaram conhecidas como Modernismo
c) As tendências literárias que compuseram as vanguardas europeias estavam unidas por um único projetor artístico, cuja proposta era a de retomar os ideais clássicos nas artes e na literatura. X
d) A palavra “vanguarda” tem origem no francês avant-garde“o que marcha na frente”, ou seja, as correntes de vanguarda antecipavam o futuro com suas práticas artísticas inovadoras e nada convencionais.
e) Não havia um projeto artístico em comum que agregasse os artistas de vanguarda em torno de uma única proposta, contudo, estavam unidos por uma mesma causa: a de inovar as artes e romper com os padrões clássicos vigentes.

3- Sobre o Futurismo, estão corretas as seguintes alternativas:

I. No Brasil, todas as tendências de vanguarda foram chamadas de Modernismo, que equivale ao Futurismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para os alemães.
II. Na literatura brasileira, seus principais representantes foram Manuel Bandeira e Augusto Frederico Schmidt, que se apropriaram de ideais futuristas para a realização de uma escrita automática e telegráfica.
III. O Futurismo difundiu-se por meio de manifestos e conferências, encontrando na literatura seu meio ideal de realização artística.
IV. Entre suas principais características estão a decomposição das figuras em formas geométricas, a não retratação da realidade de forma real (realidade fragmentada), a não utilização da perspectiva e tridimensionalidade e o uso do humor.

a) I e III estão corretas. X
b) Apenas I está correta.
c) II e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.

4- Observe as afirmações abaixo e associe os nomes das vanguardas europeias do início do século passado com suas principais características.
1. Surrealismo
2. Futurismo
3. Dadaísmo

(   ) A arte representa o movimento incansável da vida urbana.
(   ) Irracionalismo interpretativo
(   ) “Arte do sonho”
(   ) Quebra dos valores artísticos ligados ao belo e à ideologia norteadora
(   ) Representação incoerente
(   ) Culto ao mundo moderno e suas representações: a máquina, a indústria, etc.
(   ) Associações alucinatórias e ligação com o mundo psíquico
(   ) Destruição do passado

A sequência é:
a) 2 – 1 – 1 – 3 – 1 – 2 – 1 – 2
b) 2 – 3 – 1 – 3 – 3 – 2 – 1 – 2    X
c) 2 – 2 – 3 – 3 – 3 – 2 – 1 – 2
d) 3 – 3 – 1 – 2 – 3 – 2 – 1 – 3
e) 2 – 3 – 1 – 3 – 1 – 3 – 3 – 2


quarta-feira, 15 de março de 2017

ATIVIDADES COM RELATO MÍTICO - 3° ANO -ENSINO MÉDIO

Características de uma história mítica
A palavra vem do mito grego mito e refere-se a relatos orais ou escritas de evento maravilhoso onde os protagonistas são seres
Supernatural: deuses, semideuses, monstros.
Extraordinária: heróis.
O mito é caracterizado por:
Narra sobrenatural e racionalmente inexplicável.
Respondendo a perguntas sobre a origem das coisas relativas à criação da terra, morte, nascimento.
Personificar e deificar fenômenos naturais, daí os deuses são responsáveis ​​por eventos naturais e do comportamento e destino das pessoas.
Ser parte de uma tradição que é passada de geração em geração.
Entre as questões opostas e irreconciliáveis: criação contra a destruição, a vida contra a morte, contra os homens ou deuses contra o mal.
Que fornecem pólos de reconciliação a fim de evitar a nossa angústia.

ORIGEM E TIPOS DE MITOS   

O mito apareceu pela primeira vez na Grécia ver e ter uma origem religiosa e oral. Seus detalhes variam durante a transmissão, resultando em diferentes versões.

De acordo com o tema dominante que revelam, mitos incluem:
MITOS OSMOGÒNICOS: tentativa de explicar como o mundo foi criado, que se refere a muitas vezes que vem de plantas, um punhado de terra, um animal ou planta. Os protagonistas deste tipo de Sule história se apresenta gigantes características de semideuses.

MITOS teogônicos:  narrar a origem e história de vários deuses míticos. Alguns deles contam como os seres humanos são transformados em deuses. A idéia é que esses deuses é bastante humanizada. 

MITOS ANTROPOGONICOS: contam como seres humanos apareceu no mundo. Pode ser criado a partir de uma planta, um animal, o lobo, argila, etc. e aprendeu a viver na Terra graças aos deuses. muitas vezes eles relacionados como mitos da criação. 

MITOS etiológicos: eles procuram para explicar a origem dos seres vivos e inertes das coisas, técnicas e instituições.

Fundador mitos:   relata como algumas cidades foram fundadas pelos deuses. 

MITOS escatológicas: anunciados como será o fim do mundo, que é contada através de eclipses, terremotos e todos os tipos de desastres naturais que aterrorizam as pessoas. 

CIENTISTAS mitos, mitos familiares, mitos pessoais 

mitos científicos: os seres humanos sempre tiveram uma necessidade de compreender o mundo em torno dele, por isso às vezes explica fenômenos naturais com os fundamentos que parecem razoáveis e eles som relativamente cientistas, mas, na verdade, é falsos mitos da ciência, porque ele é não você pode verificar com a lógica e os fatos. 
mitos familiares são crenças que são compartilhados pelo grupo familiar e que se manifestam através das regras, às vezes secreto e são realizadas por membros da família, como se fossem verdades 
características:
É a imagem ideal da família, mas esta imagem nem sempre coincide com a visão que as pessoas têm de que a família.
É transmitida de geração em geração.

mitos  pessoais: a mitologia pessoal da mitologia família. Este é construído e encenado na esfera privada de cada indivíduo, porque cada pessoa vive dramas internos que se manifestam em medos, estado de ansiedade, imitadores crenças que não deixam a dor, angústia e desespero. Quando as pessoas efetivamente identificar seus mitos pessoais são capazes de encontrar soluções para seus conflitos. 

ATIVIDADES
: EROS E PSIQUE
 Não havia criatura humana ou divina que fosse mais bela do que Psique. No entanto, ela era uma simples mortal.
 Certo dia, ao descer do Olimpo, Eros se apaixonou por Psique e quis se casar com ela. Ordenou a Zéfiro, o vento, que a transportasse para os ares e a instalasse num palácio magnífico. Psique foi levada, conforme as ordens de Eros, e ficou extasiada com o esplendor de sua nova morada.
 - Não se assuste, Psique, sou dono desse palácio. Ofereço-o a você como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo o que você está vendo lhe pertence. Se tiver algum desejo, bastará pronunciá-lo para que seja realizado. Zéfiro estará às suas ordens, ele fará tudo o que você ordenar. Em troca de minha afeição, só lhe faço uma exigência: não tente me ver. Só sob essa condição poderemos viver juntos e ser felizes.
 A aurora se aproximou e o ser misterioso desapareceu sem mostrar o rosto a Psique.
 Mas, à medida que as noites iam passando, a moça ia ficando mais curiosa para ver seu companheiro. Morria de vontade de saber quem era ele. Certa noite, assim que o sol se pôs, ela pegou uma lamparina, escondeu-a entre as flores e ficou à espera. O marido não demorou a chegar. Falou-lhe com sua voz suave, enquanto ela aguardava ansiosa à hora de dormir. Logo Eros se deitou e adormeceu. Psique ergueu a lamparina para enxergar melhor e viu um belo jovem, de faces coradas e cabelos loiros. Com uma respiração regular e tranquila, ele exalava um hálito doce e perfumado. Psique não conseguia tirar os olhos do belo quadro. Sua mão tremeu de emoção, a lamparina balançou e uma gota de óleo caiu no braço do rapaz, que acordou assustado. Ao ver Psique, ele desapareceu. O encanto se rompeu. Foi-se o belo palácio, acabaram-se os jardins mágicos, as flores perfumadas. Não havia mais nada nem ninguém! Psique viu-se caminhando num lugar pedregoso e selvagem, corroída pelo arrependimento e maldizendo sua curiosidade.
 Desolado, Eros voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu:
 - O deus do amor não pode se unir a uma mortal.
 Mas Eros protestou. Será que Zeus, que tinha tanto poder, não podia tornar Psique imortal?
 O deus dos deuses sorriu, lisonjeado. Além do mais, como poderia deixar de atender a um pedido de Eros, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisasse recorrer de novo a seus favores. Seria mais prudente não o contrariar.
 Dessa vez, Hermes substituiu Zéfiro. Zeus ordenou que o mensageiro fosse buscar Psique e a trouxesse para o reino celestial. Lá ele lhe ofereceria ambrósia e néctar, tornando-a imortal.
 Nada mais se opôs aos amores de Eros e Psique. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses. As Musas e as Graças aclamaram a nova deusa em meio a danças e cantos.
GENEST, Émile, FÉRON, José, DESMURGER, Marguerite.

ATIVIDADES
1) As expressões temporais situam as ações narradas num momento indefinido do tempo, ou seja, não é possível “datar” essas noções nem localizá-las precisamente em relação ao hoje.
Assinale a alternativa que corresponda à expressão indicativa de tempo da narrativa “Eros e Psique”.
a) (  ) Certo dia  X
b) (  ) Não havia
c) (  ) No entanto
d) (  ) A moça ouviu
e) (  ) Psique foi levada 

2) Os indicadores de lugar nas narrativas míticas referem-se de maneira vaga ao local. Os acontecimentos narrados situam-se apenas em relação a esse lugar. Sendo assim, é possível afirmar que o espaço principal da narrativa acima é
a) (  ) O Hades  b) (  ) A terra c) ( X) O Olimpo d) (  ) A mansão e) (  ) O palácio

3) No geral, as narrativas míticas tem um fundo bastante simbólico, ou seja, as personagens e as situações representadas simbolizam forças da natureza, aspectos gerais da condição humana, realidades que o homem não consegue explicar, e que estão ligadas às divindades. Logo, é possível afirmar que a união entre Eros e Psique simboliza, quanto à condição humana,
a) (  ) o equilíbrio entre o lado físico e o lado espiritual do amor.
b) (  ) as frustações amorosas.
c) (  ) a condição plenamente espiritual do amor. X
d) (  ) a condição plenamente carnal do amor.
e) (  ) a impossibilidade de realização total do amor.








domingo, 12 de março de 2017

ATIVIDADES COM GRAUS DE FORMALIDADE DA LINGUAGEM - 3° ANO ENSINO MÉDIO

NÍVEIS DE FORMALIDADE E VARIANTES LINGUÍSTICAS
A linguagem pode ser mais ou menos formal dependendo da situação.  Neste capítulo, o que são os níveis de formalidade, estrangeirismos e neologismos e ainda vai entender mais sobre o emprego de gírias e regionalismos.

LÍNGUAGEM FORMAL E LINGUAGEM INFORMAL
 A linguagem formal pode ser oral ou escrita.  É geralmente empregada quando nos dirigimos a um interlocutor com quem não temos proximidade: solicitação de algo a uma autoridade, entrevista de emprego, por exemplo.  A polidez e a seleção cuidadosa de palavras são suas características marcantes.
 A linguagem formal segue a norma culta.  É usada em situações formais, como correspondência entre empresas, artigos de alguns jornais e revistas, textos científicos, livros didáticos.
A linguagem informal também pode ser oral e escrita.  É geralmente empregada quando há um certo grau de intimidade entre os interlocutores, em situações informais, como na correspondência entre amigos e familiares.
A estrutura da linguagem informal é mais solta, com construções mais simples, e permite abreviações, diminutivos, gírias e até construções sintáticas que não seguem a norma culta.  Lembre-se de que usar essa linguagem não significa que o emissor não saiba (ou não possa) se comunicar de outra forma quando necessário.
                                              
ESTRANGEIRISMOS
 A forte influência que algumas culturas exercem sobre outras pode ser percebida no vestuário, na culinária, na música, no cinema e também no comportamento.  Na língua, pode se manifestar pelo emprego de estrangeirismos.
Algumas palavras são empregadas até hoje sem modificar a forma original ou a pronúncia, mesmo existindo o termo aportuguesado.  Por exemplo:  usa-se omelete, vitrine, nuance, vindas do francês – e não omeleta, vitrina e nuança.
Uma palavra – hoje considerada estrangeirismo – pode, com o tempo, ser incorporada ao cotidiano do falante e ao vocabulário da língua.  Foi o que ocorreu com lanche e futebol: essas palavras, assimiladas do inglês (lunch e football), eram estrangeirismos quando começaram a ser utilizadas e agora fazem parte do vocabulário da língua portuguesa.
Atualmente, observa-se o uso cada vez mais frequente de estrangeirismos, o que em geral tem relação com a globalização dos meios de produção e da economia.  Termos como design, case, job deadline, show etc. Estão presentes na TV, no rádio, na mídia impressa e na internet.
No entanto, nem sempre o uso do estrangeirismo comunica ou traduz o que pretende o emissor. No texto a seguir, você pode observar tanto usos funcionais quanto equivocados desse recurso linguístico.

NEOLOGISMOS
Os neologismos ocorrem quando o falante necessita expressar uma ideia mas não encontra uma palavra com significado adequado na língua.  Nesses casos, o falante recorre a uma palavra em outra língua, cujo significado expressa bem a ideia. Os neologismos ocorrem também quando o falante usa uma palavra com um sentido novo, diferente do significado original.
Algum tempo após o seu uso informal, alguns neologismos são incorporados aos dicionários, isto é, são dicionarizados.
Na literatura e na música, os neologismos são utilizados sem restrições em razão da licença poética de que dispõem os escritores e os compositores e, também, porque o próprio “fazer literário” usa as palavras de forma distinta daquela com que é utilizada no senso comum e amplia os recursos expressivos possíveis.

GÍRIAS
As gírias nascem num determinado grupo social e passam a fazer parte da linguagem familiar de várias camadas sociais.  Podem também ser constituídas de estrangeirismo e neologismos.
O processo de formação de gírias inclui metáforas, truncamentos, sufixação, acréscimo de sons ou sílabas, e, às vezes, palavras de baixo calão.  Por exemplo: nas frases “Está um sol de chapar o coco!” e “Não esquente a moringa com isso”, as gírias são formadas com base em metáforas – coco e moringa estão no lugar de cabeça; chapar quer dizer “esquentar”, e esquentar, na segunda frase, significa “preocupar”.
A gíria pode revelar a idade do falante.  Uma pessoa de 50 anos provavelmente sabe o significado destas gírias: “boco-moco”, “cafona”, “careta”, “joia”, “é uma brasa, mora”, “prafrentex”. Um jovem sabe o que é “parada sinistra”, “pro “responsa”, “mó legal” e “da hora”.
A gíria também é conhecida como jargão quando se refere à linguagem peculiar usada por quem exerce determinada profissão.  Veja estes exemplos do jargão da área de economia e finanças: quase moeda (o mesmo que depósitos de poupança, títulos emitidos pelo governo etc.), duopólio (mercado no qual só há dois vendedores), boom (fase de aumento significativo no número de transações no mercado de ações).

REGIONALISMOS
No Brasil, a influência de várias culturas deixou na língua portuguesa marcas que acentuam a riqueza de vocabulário e de pronúncia.  As diferenças na nossa língua não constituem erro, mas são consequência das marcas deixadas pelas línguas originais que entraram na formação do português falado no Brasil, no qual estão presentes sobretudo elementos de línguas indígenas e africanas, além das europeias, como o francês e o italiano.
Existem diversas variantes linguísticas quanto à forma de expressão escrita e falada de acordo com as regiões em que as pessoas vivem.  São os regionalismos linguísticos, que diferem quanto ao sotaque ou pronúncia de cada região.
Um mesmo objeto pode ser nomeado por palavras diversas, conforme a região.  Por exemplo: “pipa” ou “papagaio”, no Rio Grande do Sul, se chama “pandorga”; “semáforo” pode ser designado por “farol” em |São Paulo, e “sinal” ou “sinaleiro” no Rio de Janeiro.

EXERCÍCIOS
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

1-Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 

Alternativa “b”. É possível observar que a atitude do enunciador sobrepõe-se àquilo que está sendo dito, com predominância da função emotiva da linguagem, já que a mensagem está voltada para aspectos subjetivos do enunciador.

2- A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado. In: Cadernos de Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

A alternativa “e”, a opção correta, revela o ponto de vista da autora ao afirmar que os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística, ou seja, segundo ela, defender a pureza da linguagem de maneira limitada só revela um conhecimento deficiente da língua.