Comparação
ou símile:
ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos
que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal
qual, assim como, que nem e etc. A principal
diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos
comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse
um príncipe.” (Chico Buarque)
Metáfora:
consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com
base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado.
Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”.
(Fernando Pessoa)
Catacrese:
ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um
conceito, toma-se outro por empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para
colocar na comida.
O pé da mesa estava
quebrado.
Não sente no braço do sofá.
Metonímia:
assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou
seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com
outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver
entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do
produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu
a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam
no pátio = repórteres).
Antonomásia:
É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de
Roma)
Sinestesia:
Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes
órgãos sensoriais.
Um doce abraço ele
recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)
Antítese: é o emprego de
palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/
mas com gente é diferente.
Hipérbole: trata-se de exagerar
uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de
sede!
Não vejo você há séculos!
Prosopopeia ou personificação: consiste em
atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.
O jardim olhava as
crianças sem dizer nada.
Paradoxo: consiste no uso de
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto
se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo
ver.
Perífrase: é uma expressão que
designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.
O ouro negro foi o
grande assunto do século. (= petróleo)
Apóstrofe: é a interpelação
enfática de pessoas ou seres personificados.
Ironia: é o recurso
linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada!
Entrou sem cumprimentar ninguém.
Referências bibliográficas:
TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo:
Scipione, 2007.
ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática
da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo: Saraiva, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário