POEMA E MUSICALIDADE
O poema é um tipo de texto que tem estreita
relação com a música. No mundo ocidental, a poesia nasceu para ser cantada com
acompanhamento musical.
Mesmo depois de passarem a ser produzidos sem acompanhamento musical, os poemas guardaram como uma de suas características fundamentais, a musicalidade; que é obtida pela sonoridade, resultante do ritmo, das combinações de palavras e sons, das repetições, das marcações de sílabas, etc.
Por isso, para que um poema seja bem compreendido, ele deve ser lido em voz alta, ou declamado. A leitura expressiva, em voz alta, possibilita a descoberta de sentidos não percebidos em uma leitura silenciosa.
RITMO
O ritmo está presente nas nossas atividades diárias, desde o movimento de respiração, passando pela pulsação do coração até as nossas ações.
Mesmo depois de passarem a ser produzidos sem acompanhamento musical, os poemas guardaram como uma de suas características fundamentais, a musicalidade; que é obtida pela sonoridade, resultante do ritmo, das combinações de palavras e sons, das repetições, das marcações de sílabas, etc.
Por isso, para que um poema seja bem compreendido, ele deve ser lido em voz alta, ou declamado. A leitura expressiva, em voz alta, possibilita a descoberta de sentidos não percebidos em uma leitura silenciosa.
RITMO
O ritmo está presente nas nossas atividades diárias, desde o movimento de respiração, passando pela pulsação do coração até as nossas ações.
Na poesia, o ritmo é resultado:
• Da alternância entre sílabas fortes e fracas;
• Da extensão dos versos;
• Da combinação de sons;
• Da repetição de palavras;
• Das rimas.
RIMA
É a repetição de sons semelhantes no interior ou no final dos versos. Os esquemas podem ser:
• Interpoladas – ABBA
• Emparelhadas – AABB
• Cruzadas – ABAB
• Misturadas – outra organização
• Versos brancos – quando não há rimas
FIGURAS DE EFEITO SONORO
A-. Aliteração: é a repetição de uma consoante ao longo de um verso ou ao longo do poema. Leia em voz alta:
• Da combinação de sons;
• Da repetição de palavras;
• Das rimas.
RIMA
É a repetição de sons semelhantes no interior ou no final dos versos. Os esquemas podem ser:
• Interpoladas – ABBA
• Emparelhadas – AABB
• Cruzadas – ABAB
• Misturadas – outra organização
• Versos brancos – quando não há rimas
FIGURAS DE EFEITO SONORO
A-. Aliteração: é a repetição de uma consoante ao longo de um verso ou ao longo do poema. Leia em voz alta:
Roda mundo, roda vida, roda vento.
Passa tudo, passa tanto, passa tempo.
B-. Assonância: é nome dado à figura em que há repetição de vogais iguais ou semelhantes ao longo de um verso ou de um poema.
O tempo é um fioPassa tudo, passa tanto, passa tempo.
B-. Assonância: é nome dado à figura em que há repetição de vogais iguais ou semelhantes ao longo de um verso ou de um poema.
Bastante frágil.
Um fio fino
Que à toa escapa.
C-. Repetição de palavras: recurso muito usado, por isso é muito importante verificar que efeito ela produz no poema.
ATIVIDADES
1- Sobre as
características do gênero textual poema, estão corretas as seguintes
proposições:
I. O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre
preservando elementos como a métrica e a musicalidade dos versos.
II. O poema caracteriza-se por ser centrado em um trabalho
peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o momento e o impacto dos fatos
sobre o homem.
III. O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser escrito em
versos e por possuir um ritmo mais marcado que o ritmo da prosa.
IV. A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma atitude
subjetiva que pode estar nas mais variadas manifestações artísticas.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) II, III e IV estão corretas. X
d) I e III estão corretas.
e) I, III e IV estão corretas.
Soneto de fidelidade
(Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
(Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
2- Nos
dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia
de que o poeta
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível
apaixonar-se por outra e trocar de amor.
c)
entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d)
concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria
quanto na tristeza. X
e)
vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se
entregarem ao amor.
Canção do vento e da minha vida
O
vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e
prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
3-
Na estruturação do texto, destaca-se
a)
a construção de oposições semânticas.
b) a apresentação de ideias de forma objetiva.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.
d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. X
e) a inversão da ordem sintática das palavras.
b) a apresentação de ideias de forma objetiva.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.
d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. X
e) a inversão da ordem sintática das palavras.
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