quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO 6° ANO

Mendigo Faminto
 O mendigo se aproxima de uma madame cheia de sacolas de compras, no centro da cidade, e diz: — Senhora, estou sem comer faz quatro dias… — Meu Deus! Gostaria de ter sua força de vontade!
http://piadasengracadas.net/piada/44/mendigo-faminto/ - acesso em 18/10/09.

1) Assinale a alternativa correta quanto a intenção linguística apresentada pelo mendigo quando dirige-se para a madame, isto é, o que ele quis dizer:
a) (  ) O mendigo queria apenas que a madame soubesse como fazer regime sem sofrer.
b) (  ) o mendigo apenas queria informar a madame há quantos dias ele estava sem comer.
c) (  ) ao ver a madame com tantas sacolas, ele queria carregar as sacolas para ela e, com isso, ele poderia comer algo assim que chegasse na casa da madame.
d) (  ) ao perceber que ela tinha dinheiro para comprar tantas coisas, que era uma mulher de posses, ela poderia dar-lhe algum dinheiro para que ele pudesse comprar algo para comer. x

2) Marque a alternativa que demonstre a verdadeira intenção da madame ao achar que o mendigo tem grande força de vontade:
a) (  ) a madame não quer ajudar o mendigo e finge não entender o que ele quer de fato, elogiando a sua força de vontade. x
b) (  ) ela acredita que só com muita força de vontade ela poderia ficar sem comer por quatro dias, como faz o mendigo.
c) (  ) o mendigo é, para ela, um exemplo de força de vontade e de elegância, pois apesar de ter fome, não come há quatro dias, já que está fazendo regime para perder peso.
d) (  ) ela não entende que o mendigo não come há quatro dias porque não tem o que comer, nem como comprar. Para ela essa não é uma realidade de nosso país. 

Coração conta diferente
         — Ai...
         — O que é que você tem, Tiago?
         Quem falou ai fui eu. Quem me perguntou o que é que eu tinha foi o Renato, que fica sen­tado do meu lado e pode vigiar tudo o que faço. Ele deve ter pensado que alguma coisa estava doendo. Mas esse ai não era de dor.
         Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno. E pra dentro, baixinho, pra ninguém escutar, eu gemi: Ai, Adriana...
          É que ela levantou para ir ao quadro. Logo hoje que ela soltou o cabelo comprido daquele rabo-de-cavalo que ela costuma usar. O cabelo dela é tão lindo... Parece de seda e tem um brilho que eu ia dizer que parece o Sol. Mas a Adriana tem cabelos pretos e Sol moreno fica meio esquisito.
7x5 =45...
         — Tá errado, tia! Tá errado! — gritou toda esganiçada a Catarina.
      A tia então mandou a Adriana sentar. A Catarina correu e meteu o apagador em cima daqueles números tão bem desenhados, corrigindo com um 35 tão sem graça quanto a sua voz.
          Adriana voltou pro lugar dela e eu nem pude ver se ela estava com a cara muito vermelha. Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. Eu senti que ela estava triste e fiquei muito triste também. Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi:
         Não liga, Adriana. O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo.
    Dobrei meu bilhete. Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei. Ela caiu no colo da Adriana.
    Meu coração bateu depressa. Ai, ai, ai, meu coração martelando tantos ais no peito. A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar. Ela leu, depois guardou dentro do estojo. Nem olhou pro meu lado. De repente me lembrei de uma coisa terrível: EU NÃO TINHA POSTO O MEU NOME NO PAPEL!
         Nisso, a tia me chamou. Eu só pensava naquela confusão.
         —Tá errado! Tá errado! Deixa eu fazer, tia?
    Eu olhei pro quadro e entendi... 8 x 6 = 36... A tia me mandou sentar. Fui, morrendo de sem graça.
    Cheguei na minha carteira e vi uma bolinha de papel bem em cima do meu caderno. Quando ninguém estava mais olhando, eu disfarcei e abri:
         Eu também me amarro no seu 36.
         No cantinho do papel estava assinado: Adriana

Coração conta diferente. Lino de Albergaria São Paulo: Scipione, 1992.

2- Faça a correspondência, de acordo com o texto:
                                  
(1) Catarina           (3)  Tem lindos cabelos pretos.
(2) Renato             (4)  Narra a história.
(3) Adriana            (2)  Senta-se  próximo ao narrador.
(4) Tiago               (1) Tem a voz esganiçada

1- Analise o texto lido e use C (CERTO) ou E (ERRADO):
(C) O texto é uma narrativa.
(E) O texto pode ser considerado um poema porque está escrito em versos.
(C) O autor transcreve as falas das personagens, por meio do discurso direto.
(C) O narrador é personagem porque participa das ações da história contada.
(E) O narrador é observador, porque não participa da história contada.


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